Dados iniciais confirmam a presença do Zika vírus em SE

Dados preliminares confirmam a presença do Zika vírus em Sergipe (Foto: SES)

O estudo realizado em dezesseis amostras de mães e bebês diagnosticados com microcefalia confirma a presença do Zika vírus em Sergipe. O resultado faz parte do trabalho conjunto realizado pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), Unidade vinculada à Fundação de Saúde Parreiras Horta (FSPH), e o Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP).

Neste primeiro momento, as análises foram desenvolvidas com oito mães e oito crianças, totalizando em 16 amostras coletadas pelo grupo de pesquisadores no período que estiveram em Sergipe. Foram processadas amostras de soro para a identificação de anticorpos das classes IgM e IgG, ou seja, indica a resposta imunológica mostrando que o paciente teve contato com o vírus.

Os ensaios de ELISA, metodologia utilizada para investigação do virus, foram realizados com diferentes amostras de soro humano suspeitos de infecção por Zika Virus das mães e bebês com microcefalia, provenientes do município de Itabaiana. Os resultados indicam que 7 mães apresentam-se reagentes para IgG anti-ZIKV, comprovando que as mães foram infectadas pelo vírus Zika. No segundo grupo, composto pelas crianças, 3 crianças foram reagentes para ZIKV na pesquisa de anticorpos da classe IgG (3/8), e duas foram positivas para IgM anti-ZIKV.

A sorologia foi feita usando antígeno total e confirmada usando antígeno recombinante produzido, testado e validado no ICB da USP. Todos os resultados foram obtidos no Laboratório de Evolução Molecular e Bioinformática do Departamento de Microbiologia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo.

Sobre o resultado do trabalho dos pesquisadores da USP, a superintendente do Lacen, Danuza Duarte Costa, informou que os dados preliminares referem-se ao total das amostras coletadas na pesquisa e que outras 147 amostras de pacientes com suspeita clínica da doença, também aguardam análise.

A gestora informou ainda que o Lacen Sergipe segue com o trabalho de diagnóstico do Zika vírus que utiliza a metodologia PCR Real Time (biologia molecular), a mesma dos demais laboratórios Centrais de Saúde Pública do País, que faz a pesquisa da presença do vírus na amostra do paciente.

“Essa pesquisa do vírus circulante é de alta sensibilidade. Inicialmente é feita a extração do material genético do vírus, RNA – Ácido Ribonucleico. Em seguida o equipamento de PCR que amplifica o material simultaneamente, à detecção do vírus na amostra”, ressaltou Danuza.

Ela confirmou que o fluxo de trabalho continua o mesmo. Dessa  forma, as mulheres gestantes têm prioridade nas análises em função da confirmação dos primeiros casos da presença do Zika vírus. “Com a confirmação da microcefalia associada ao Zika, as gestantes devem permanecer na lista de prioridade total, dos diagnósticos feitos pelo Laboratório Central de Saúde de Sergipe”, finalizou.

Fonte: SES

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