Déda: luta contra vazio institucional (Foto: Cássia Santana/Portal Infonet) |
O governador Marcelo Déda voltou a defender a legitimidade da Fundação Hospitalar de Sergipe (FHS) para gerir os hospitais públicos de Sergipe, em contraposição ao entendimento do Ministério Público Estadual, que já solicitou intervenção do Poder Judiciário para obrigar o Estado a reassumir a administração.
Apesar da justiça acatar os argumentos do Ministério Público, o governador anuncia que manterá a batalha judicial para evitar problemas mais graves na pasta da saúde pública. “A receita do Ministério Público para a crise vai criar uma crise pior ainda”, preconiza Marcelo Déda.
“Se acabar com as fundações, vai criar um vazio institucional e estas questões têm que ser resolvidas com diálogo e não numa situação que não ajuda, que só complica”, observa. “Uma coisa é a crise, outra coisa é a solução para a crise”, analisa. “O Ministério Público não é dono da verdade, é uma parte processual. É preciso criticar, cobrar, mas é preciso também comparar com o resto do país”.
Euza Missano: administração deve estar com o Estado |
O governador justificou o remanejamento que fez na administração direta, retirando Sílvio Santos do comando da Secretaria de Estado da Saúde para a Casa Civil e garante que o remanejamento não implicará mudanças na equipe. Ele ainda não anunciou o substituto de Sílvio Santos. O ex-secretário de saúde deve ser empossado em breve [provavelmente nesta terça-feira, 4] na Casa Civil e a Secretaria de Estado da Saúde deve permanecer sob o comando da secretária adjunto, Joélia Santos, até a indicação do sucessor de Sílvio Santos.
Recado das urnas
Déda voltou a ressaltar que a administração do Estado sofrerá mudanças em sua estrutura administrativa para acomodar novos nomes e até para a necessidade de avaliar os resultados das eleições passadas. “Não estamos anunciando nomes ainda. Estamos na primeira etapa porque preciso ter uma estrutura de governança, com novos nomes e precisamos incorporar ao governo os novos movimentos sociais”, ressaltou. “O governo tem que refletir a evolução da sua base. Precisamos analisar a eleição e trazer para o governo as mudanças que o voto popular provocou dentro da coligação”, enalteceu.
Apesar das transformações no perfil da administração direta, Déda garante que não fará mudança na saúde. “Não haverá mudança, Sílvio Santos vai dar certo aqui mais perto de mim”, disse Déda. “Sílvio Santos saiu não foi porque não deu certo, estou precisando de alguém mais próximo até mesmo para gerenciar melhor a saúde. Preciso ter uma nova estrutura de governança que possa me ajudar e ajudar Jackson [Barreto, o vice] a solucionar os problemas que estamos enfrentando”.
Déda não vê irregularidades na Fundação Hospitalar de Saúde e considera que a crise na saúde está presente em todos os Estados brasileiros. Para o governador, a situação de Sergipe é uma das melhores, se comparada com os demais Estados. “Sergipe é o terceiro Estado do Nordeste em desenvolvimento do interior, só perde para Ceará e Pernambuco e é o 15º do Brasil. A situação mudou da água pro vinho em melhoria de desenvolvimento e das condições sociais”, considerou.
Déda também observou que Sergipe se destaca, no Nordeste, em atratividade para capitais internacionais. “Só perde para a Bahia, Ceará e Pernambuco, que os maiores da região”.
Por Cássia Santana
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