Dengue: índice de infestação em Aracaju é de médio risco

secretário interino da Saúde de Aracaju, Luciano Paz, apresentou o último LIRAa (Foto: Ana Lícia Menezes)

Nesta quinta-feira, dia 6, o secretário interino da Saúde de Aracaju, Luciano Paz, apresentou o último Levantamento de Índice Rápido do Aedes (LIRAa) de 2014. A pesquisa foi realizada entre os dias 20 e 24 de outubro, pela Vigilância Epidemiológica, traçando um panorama completo da dengue no Município. Hoje a capital apresenta índice de infestação de 1,6 – considerado “médio risco ou alerta”. Este mais recente relatório também apontou que entre os 42 bairros aracajuanos, 12 bairros apresentaram baixo risco, 29 bairros com médio risco e apenas um bairro, o Santa Maria, apresentou alto risco de infestação do mosquito, com índice de 5,6.

Luciano Paz fez uma avaliação do desempenho obtido pelo combate à dengue no decorrer deste ano. Em janeiro o LIRAa foi de 2,4; em março apresentou 2,9 e em maio chegou até 3,4 sendo o maior índice do ano. Já no segundo semestre, em julho apresentou queda ficando com 2,1; em setembro chegamos a ter a menor infestação do ano com 1,2 e agora no último LIRAa de 2014, houve um pequeno acréscimo chegando até 1,6.

“Esse aumento mostra a necessidade da população não se descuidar das ações preventivas de combate aos criadouros dos mosquitos transmissor da doença. A Saúde envia agentes de endemias para identificar e eliminar os focos do mosquito, mas para que esses focos não surjam novamente, os moradores devem manter os cuidados preventivos em suas casas”, explicou.

Além do bairro Santa Maria, outras localidades também preocupam a Saúde Municipal. Os bairros que apresentaram índice acima de 3% foram Olaria, Capucho, Cirurgia, Pereira Lobo e Suissa. Mesmo registrando médio risco, estas localidades estão mais próximas do risco de epidemia, que é acima de 4%. O gestor da Saúde afirmou que a secretaria por meio do Programa Municipal de Controle da Dengue já possui um conjunto de ações específicas para cada local.

“Em novembro, nos dias 8, 22 e 29, acontecerão mutirões de trabalho para intensificar as ações de campo no bairro Santa Maria. Estão sendo reforçadas também a ação de aplicação de larvicidas e inseticidas, bem como o bloqueio de transmissão por meio do Fumacê Costal, atividade em que os agentes de endemias borrifam inseticida contra o mosquito em áreas de risco ou de suspeitas de dengue. E, em parceria com a Emsurb, serão promovidos mutirões de limpeza urbana e coleta de lixo nos bairros de maior infestação”, pontuou o secretário interino.

Entre as causas principais de elevação do índice de infestação do Aedes aegypti está o armazenamento de água em locais abertos, sem os devidos cuidados por parte da população. De acordo com este último LIRAa, o armazenamento de água em lavanderias, caixas d’água e tonéis é responsável por 78% dos casos de infestação do mosquito. Já os depósitos domiciliares como vasos, pratos de plantas, ralos, lajes e sanitários em desuso representam 20%. No relatório, lixos e resíduos sólidos representam apenas 2% dos locais encontrados.

Conforme a coordenadora do Programa Municipal de Controle da Dengue, Taíse Cavalcante, a população deve ficar atenta, pois existem condições favoráveis para reprodução do mosquito transmissor como o período de modificação climática com presença de chuvas constantes e sol intenso. “Nesse período o desenvolvimento dos ovos depositados pelo Aedes Aegypti até se transformar em mosquito é de uma semana. São locais ideais para o mosquito depositar ovos, lavanderias e tonéis descobertos, bem como latas, pneus e garrafas acumulando água limpa e parada", explica.

De acordo com Taíse Cavalcante, para prevenir é fundamental que cada morador mantenha cuidados como recipientes guardados de cabeça para baixo para evitar o acúmulo de água. Os reservatórios de água e lavanderias devem ser cobertos e tampados.  “Esses últimos são locais que devem ser mantidos limpos, com as paredes internas lavadas e higienizadas com escovas, para evitar que ovos depositados pelo mosquito Aedes aegypti fiquem aderidos no interior e possam vir a se tornar larvas e depois mosquitos adultos”, explicou.

Ações contra Chikungunya

A Saúde também anunciou ações de prevenção e combate contra a doença Chikungunya que surge no país após a introdução do vírus CHIKV, que provoca a doença de menor potencial ofensivo que a dengue mas que também é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Em 6 de dezembro, acontecerá a campanha  o Dia “D” de Combate a Dengue e Chikungunya.

Com informações da SMS

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