Depressão infantil: como identificar e ajudar as crianças?

Um dos principais fatores que caracteriza a depressão é a “perda da força motriz” para encarar à vida (Foto: Pixabay)

Muitas pessoas associam a depressão as pessoas adultas porque comumente acham que somente elas têm “muitos problemas”. O que alguns talvez não saibam é que as crianças também estão suscetíveis, guardadas as devidas proporções, a apresentar um quadro depressivo. Mas como identificá-lo e procurar ajuda? A equipe do Portal Infonet ouviu a psicóloga Márcia Reis para orientar os pais e cuidadores dos pequenos.

Psicóloga deixa claro que a tristeza faz parte dos momentos da vida (Foto: arquivo pessoal)

A psicóloga deixa claro que a tristeza faz parte dos momentos da vida e ficar triste é uma reação normal frente aos acontecimentos do cotidiano. Ela garante que um dos principais fatores que caracteriza a depressão é a “perda da força motriz”, ou seja, o desejo de viver e encarar os desafios do dia a dia, da vida. De acordo com Márcia, um quadro de tristeza constante pode ser um dos indicativos de depressão.

“Às vezes a birra contínua e sem razão aparente, modificações intensas nos padrões de sono, medos excessivos, principalmente em ir para escola, são alguns dos indícios que podem também refletir num quadro de depressão infantil”, resume. O papel dos pais é fundamental para identificar esses sintomas e oferecer ajuda, pois como a criança não consegue ter uma clareza em relação aos sentimentos, há também a dificuldade em dizer que está angustiada, em externalizar o que sente.

A profissional também explica que não há um idade fixa para que um quadro depressivo seja diagnosticado, em virtude dos estudos de caso de crianças com depressão serem recente. “Não tem uma faixa etária definida. O estudo relacionado a depressão infantil é recente, tem cerca de 20 anos. Porque até então a depressão não era associada a criança, mas há casos de crianças bem pequenas, entre 5 e 8 anos, que já foram diagnosticadas com um quadro depressivo”, avalia. Por isso, Márcia Reis alerta que é fundamental o olhar cuidadoso dos pais para encaminhar a criança a um profissional responsável.

“Assim que os pais ou cuidadores perceberem alguns desses sinais, é importantíssimo encaminhar a criança para um psicólogo ou psiquiatra”, destaca. “Pois geralmente a depressão infantil está ligada a alguns transtornos, principalmente à ansiedade”. Ainda de acordo com a psicóloga, é fundamental o apoio da família durante o tratamento. “A depender do caso, a psicoterapia é um dos caminhos mais indicados, pois visa entender como funciona a dinâmica da família e como a criança interage com ela “, diz.

por João Paulo Schneider e Jéssica França

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