Dia da Fibrose Cística tem caminhada de conscientização

Evento foi promovido pela Associação Sergipana de Fibrose Cística (Fotos: Portal Infonet)

A Fibrose Cística, uma doença genética grave e sem cura, foi tema de uma caminhada realizada na manhã deste domingo, 8, na Passarela do Caranguejo, Orla de Atalaia. O objetivo é divulgar a doença, tornar seus sintomas conhecidos e contribuir para o seu diagnóstico. O evento faz parte de uma mobilização nacional formada para celebrar o dia mundial da doença descoberta em 8 de setembro de 1989.

A gastroenterologista pediátrica, Daniela Gois, explica que a Fibrose provoca o espessamento de todas as secreções do organismo e faz com que elas não sejam eliminadas da forma correta. A doença danifica alguns órgãos do corpo prejudicando seu funcionamento. “A Fibrose pode afetar pulmão, intestino, pâncreas, seios da face e até trazer consequências para os órgãos reprodutivos masculinos”, detalha.

Os sintomas da Fibrose Cística estão relacionados ao sistema respiratório e digestivo. “tosse crônica, pneumonia de repetição, sinusite de repetição, desnutrição, diarreia, dificuldade para ganhar peso e estatura”, revela a médica ao destacar que os sintomas podem confundir e levar ao diagnóstico de outra doença.

Amigos, familiares e voluntários participaram do evento

A doença pode ser detectada logo nos primeiros dias de vida da criança através do teste do pezinho. “Se houver alteração, o diagnóstico é confirmado através do teste do suor. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado permitem que a pessoa com Fibrose Cística tenha uma vida praticamente normal”, destaca.

O tratamento, segundo Daniele, é feito através da reposição de enzimas pancreáticas e vitaminas, além do uso de remédio para auxílio à digestão, nebulizador, antibióticos inalatórios e suplementos nutricionais. “A criança tem vida normal, vai à escola,  desenvolve normalmente e tem relacionamento normal com todos. Quanto mais cedo, maior é a chance da criança em se tornar um adolescente ou adulto produtivo", ressalta.

Evento

A gastroenterologista pediátrica Daniele Gois ao lado da Gabriela Correia, mãe de um casal de gêmeos que possuem a doença

A organização do evento em Aracaju ficou por conta da Associação Sergipana de Fibrose Cística sob orientação do Instituto Unidos pela Vida, sediado em Curitiba – PR Apesar de ter sido formada há apenas um mês, a associação já reúne familiares, amigos e voluntários interessados em contribuir para a divulgação da doença.

A fisioterapeuta Gabriela Correia, mãe de um casal de gêmeos que possuem Fibrose Cística, destaca que o objetivo da associação também é lutar pelos direitos dos pacientes. “Já temos um centro de referência que é o Hospital Universitário. Mas, nosso Estado ainda precisa avançar em muitas coisas para propiciar um tratamento adequado aos sergipanos com FC, como o fornecimento de todas as medicações e suplementos nutricionais adequados. É uma lista enorme de remédios importados que são muitos caros”, afirma

Evento teve panfletos e cartazes de conscientização sobre a doença

Segundo o Ministério da Saúde, o mal acomete 1 a cada 10 mil nascidos vivos. A doença A revela-se em ambos os sexos, principalmente em caucasianos, sendo mais rara nos negros e muito mais rara nos orientais. Embora seja uma doença genética muito frequente, a Fibrose Cística é pouco conhecida tanto pela classe médica e demais profissionais de saúde como para a população em geral.

Por Verlane Estácio

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