Distribuição da vacina pentavalente só deve ser normalizada em 2020

Normalização na distribuição das doses só deve acontecer no inicio de 2020 (Foto: Fernando Frazão /Agência Brasil)

O fornecimento da vacina pentavalente está comprometido em Sergipe, e em alguns postos de saúde a vacina está em falta. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES) o Ministério da Saúde reduziu a quantidade de doses e só deve normalizar o abastecimento no início de 2020.

O motivo, segundo a SES, foi a reprovação, pelo controle de qualidade, do laboratório que fornecia a vacina para o Ministério da Saúde. “No mês de julho recebemos o comunicado do Ministério sobre a redução das doses porque o lote da vacina tinha sido reprovado e não podia ser distribuído. Outro laboratório já foi contratado, mas demora um pouco para fazer a compra e a produção das vacinas, então a previsão do Ministério para a normalização é no início do próximo ano”, explica Ana Lira, enfermeira da Gerência de Imunização da SES.

Ana Lira conta que mensalmente o Estado recebia uma média de 15 a 20 mil doses da pentavalente, com a redução, em outubro, mês do último recebimento, o Ministério da Saúde enviou apenas 9 mil doses. “Nós estamos fazendo a distribuição das doses que chegam proporcional a população de cada município, mas o número não é suficiente, e por isso muitos postos estão ficando desabastecidos”, justifica.

A vacina pentavalente garante a proteção contra a difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e contra a bactéria haemophilus influenza tipo b, responsável por infecções no nariz, meninge e na garganta. A pentavalente é aplicada nas crianças aos dois, quatro e seis meses de idade.

A enfermeira orienta aos pais a não deixar de imunizar seus filhos porque nessa faixa etária outras vacinas são feitas, pelo calendário de vacinação, e estão disponíveis nos postos de saúde. Ana explica que mesmo com a interrupção na aplicação das doses da pentavalente, a imunização não é perdida.

“Não atrapalha na resposta imunológica, a vacina fica de memória do corpo, o problema é esse atraso, mas não é preciso refazer todas as doses, apenas as que estiverem faltando. Outra coisa importante é que os pais não devem deixar de ir aos postos imunizar seus filhos, porque a pentavalente está em falta, mas as outras vacinas estão disponíveis na rede”, orienta.

Ministério da Saúde

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil demanda, atualmente, 800 mil doses mensais da vacina pentavalente, e a compra da vacina é via Fundo Estratégico da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), por não existir laboratório produtor no país, mas o abastecimento está parcialmente suspenso desde julho porque os lotes foram reprovados no teste de qualidade do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) e análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

O Ministério da Saúde informa que já solicitou a reposição do fornecimento à Opas. No entanto, não há disponibilidade imediata da vacina pentavalente no mundo. A compra de 6,6 milhões de doses começou a chegar de forma escalonada em agosto no Brasil, e a previsão para normalização era o mês de novembro.

Ainda segundo informações do Ministério da Saúde, quando os estoques forem normalizados, o Sistema Único de Saúde (SUS) fará uma busca ativa pelas crianças que completaram dois, quatro ou seis meses de idade entre os meses de desabastecimento para vaciná-las.

Por Karla Pinheiro
com informações do Ministério da Saúde

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