Ortodentista esclarece dúvidas sobre ronco e apneia (Foto: Portal Infonet) |
Você sabia que a apneia implica em risco de vida? E que o ronco interrompe a frequência do sono, de modo que um indivíduo apresenta sonolência excessiva durante o dia? Essas e outras questões foram esclarecidas pelo ortodentista, o professor doutor Hermenergildo Junior, que explica os males desses problemas, assim como quais são os seus devidos tratamentos.
O profissional conta que o ronco historicamente está associado muito mais aos homens do que as mulheres, visto que estas têm uma proteção hormonal e só entram no mesmo risco que os homens quando param de menstruar. “As doenças do sono e a apneia acometem quatro homens para uma mulher. Por isso que elas são dadas como se fossem uma característica masculina”, acrescenta.
Sobre o que provoca o ronco, Hermenergildo explica que durante a respiração, o ar, ao retornar, passa pelo céu da boca, vibra os tecidos, e isto dá origem ao barulho. Quanto ao que agrava a situação do ronco, o profissional esclarece que gripe, resfriado, rinite alérgica, ou até fatores mais específicos, a exemplo de uso de tranquilizantes e de álcool podem ser prejudiciais.
“O ronco é a forma que o corpo humano demonstra que algo não ocorre devidamente durante o período do sono. Ele interrompe a frequência do período de descanso através de microdespertares”, ilustra o professor, que explica que o indivíduo que ronca pode apresentar sonolência excessiva diurna, e começar a alterar o seu comportamento.
Apneia
A apneia se manifesta quando um indivíduo para de respirar por 10 segundos ou mais. Em resumo, ela é uma parada respiratória. Por se apresentar desta forma ela é mais grave que o ronco e, segundo o ortodentista, é um grande problema de saúde pública, visto que pessoas que têm apneia do sono podem aumentar o seu envolvimento em acidentes.
Obesidade pode induzir a apneia (Foto: Arquivo Portal Infonet) |
“A apneia interfere muito no sono. Durante este momento a pressão arterial deve ter um decréscimo de 20%. Porém, quando uma pessoa possui apneia, isso acontece ao contrário, de modo que as pessoas podem desenvolver hipertensão arterial sistêmica”, conta o doutor.
Hermenegildo afirma que um indivíduo pode ter apneia de 27 ou até 30 segundos, e que é alto o número de homens que enfartam ou que têm derrame enquanto dormem. “Por isso que a gente escuta com mais frequência que mais homens do que mulheres morrem dormindo”, complementa, afirmando também que a apneia tem prejuízo acumulativo, e que é mais complicado tratar paciente que já tem apneia há 30 anos.
A respeito de pessoas com obesidade, o ortondentista alerta que isso por si só pode induzir a apneia, pois o tecido adiposo diminui a passagem de ar na garganta. Quanto à relação do Índice de Massa Corporal (IMC) com o problema, Hermenergildo fala que, quanto maior o valor, maior é o risco de a pessoa apresentar interrupções na respiração durante o sono.
“Quando a pessoa possui cinco apneias por hora, o quadro já é considerado patológico. E quanto mais jovem a pessoa for, maior vai ser o impacto da apneia com o passar dos anos, pois ela tem risco de infarto e acidente vascular cerebral”, explica o profissional.
O sono fica comprometido com a apneia (foto: sxc) |
Para aquelas pessoas que pensam que crianças não sofrem com ronco e apneia, o doutor revela que, nesses casos os sinais dos problemas são mais graves. “As crianças denotam necessidade urgente de tratamento”, alerta. Hermenergildo também comenta que pais que têm arcadas em forma de ‘V’ e dentes superiores incisivos, muito aparentes, associados a queixo curto possuem diagnóstico de uma alteração esquelética. “Nesse caso as crianças têm que ser tratadas no máximo até os 9 anos. As meninas merecem tratamento mais precoce que os meninos, pois quando menstruam praticamente 70% do seu crescimento já foi manifestado”, esclarece.
Ainda sobre as crianças Hermenergildo destaca que filhos de pessoas que tem queixo curto deveriam ser submetidos a um tratamento para melhorar a estrutura óssea. O professor também faz um alerta sobre crianças que têm o hábito de dormir na escola, e que isto pode ser um sinal a ser observado pelos pais.
Tratamentos e diagnóstico
Para diagnosticar a apneia e/ou o ronco, o profissional conta que é preciso que o paciente seja submetido a um exame de polissonografia, realizado no período da noite, na qual o indivíduo vai ser monitorado durante o sono. “Uma vez diagnosticado, o indivíduo deve procurar por tratamento, sempre feito por uma equipe multidisciplinar. Um deles é a ontologia, que altera a posição da mandíbula, ou, quando o paciente não possui dentes, realiza a contenção da língua”, expõe Hermenergildo, que aconselha que os pacientes que fizerem o tratamento têm que retornar e realizar um novo exame para comprovar ou não a melhora.
Sintomas
Sobre os sintomas, o professor conta que no caso do ronco o quadro de sonolência excessiva diurna é um indicativo, e que esse pode ser percebido quando o indivíduo geralmente se queixa e diz que acordou cansado. No caso da apneia, alguns dos sinais aparecem quando a pessoa se engasga ou sufoca, tem ronco ressucitativo, e/ou acorda com olheiras.
Por Monique Garcez
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