Doenças transmitidas pelo beijo são comuns no carnaval

Médico especialista em saúde pública fala sobre riscos do beijo no carnaval (Foto: Arquivo Portal Infonet)

O clima de paquera toma conta das avenidas e circuitos onde os foliões costumam comemorar as noites de carnaval. Entre agitos, bebidas e muita pegação, os festeiros esquecem que um simples beijo na boca pode ser perigoso e transmitir doenças, algumas delas sem cura. O Portal Infonet conversou com o médico Almir Santana, especialista em saúde pública, que falou sobre os riscos no período carnavalesco.

Durante os cinco dias de carnaval, os foliões que se entregam por inteiro às festividades costumam acumular noites mal dormidas, se alimentam de forma irregular e se expõem com mais frequência a altas e baixas temperaturas – fatores que incidem diretamente na imunidade da pessoa. Conforme o Dr. Almir, a fragilidade do sistema imunológico torna o folião ainda mais vulnerável às doenças transmitidas pelo beijo. “Todos os anos há um aumento significativo nos casos de herpes labial e mononucleose durante esse período [carnaval]. Isso acontece porque as pessoas beijam várias outras em série numa só noite, e este é o meio de transmissão destas doenças. Aquelas que por algum motivo estão com a imunidade baixa, acabam sendo fáceis vítimas”, explica o especialista.

Sem cura, a herpes labial pode demorar dias para apresentar sintomas no folião contagiado. Segundo o Dr. Almir, as principais evidências aparecem nos próprios lábios com a formação de pequenas bolhas que causa coceira e ardência. O tratamento é feito com antivirais, mas a doença volta a se manifestar no corpo em outras ocasiões.

Sem cura, a herpes labial pode demorar dias para apresentar sintomas no folião (Foto: demosntrativa/Arquivo Portal Infonet)

Já no caso da mononucleose, conhecida como doença do beijo, o contágio é feito através do contato direto com a saliva do folião infectado, caso dos beijos em carnaval. Segundo o especialista, assim como na herpes labial, os sintomas da mononucleose surgem somente dias após sua transmissão, e pode variar desde febre, dor, vermelhidão no pescoço e indisposição. Neste caso, o tratamento é feito com antibiótico.

Como não existe prevenção contra as doenças do beijo para aqueles solteirões que vão ao carnaval em busca de um "chamego", o Dr. Almir entende que o mais sensato é recomendar aos foliões que pelo menos não exagerem nas trocas de beijos com outros festeiros. “O mais importante é manter a alimentação regular, garantir boas dormidas e maneirar na quantidade de beijos”, pontua.

Por Ícaro Novaes e Raquel Almeida

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