(Fotos: Portal Infonet) |
Na manhã desta quinta-feira, 14, a Promotoria da Saúde do Ministério Público cobrou do Estado e Município informações sobre o número de pacientes oncológicos que dependem da reconstituição mamária. A promotora Euza Missano observou que muitas pacientes desconhecem que têm direito em fazer a cirurgia ou ainda encontram dificuldade no sistema de saúde para ter seu direito garantido. “Mulheres têm direito a fazer a reconstituição mamária no ato cirúrgico ou posteriormente.
Na verdade falta um pouco de informação, falta uma articulação da rede como um todo principalmente do Hospital de Cirurgia e no Huse para que disponibilize próteses, equipe e a rede capacitada instalada para fazer as cirurgias de reconstituição das mamas”, diz a promotora que fala da problemática gerada a partir do momento em que as pacientes não são assistidas.
Promotora cobra regulação dos pacientes que necessitam da recomposição mamária |
“Há uma baixa autoestima por falta desta cirurgia e muitas mulheres não voltam para fazer a cirurgia de recomposição da mama se não faz no ato da mastectomia”.
Euza Missano esclareceu que desde 2011 o Ministério Público ajuizou nove ações para pacientes oncológicos. “Todo paciente que tem uma patologia grave como um câncer tem que ser um paciente prioritário. No Ministério Público nós temos nove ações civis públicas movidas que vão desde a detecção precoce do câncer, até toda a linha dos cuidados posteriores, cirurgias, radioterapias e quimioterapias. Então todas as ações foram ajuizadas não somente para as mulheres, mas para os homens na parte preventiva. Não adianta fazer campanha se você não disponibiliza os serviços”, frisa.
Regulação
Sobre a falta de informação quanto a regulação do Estado e Município dos pacientes que necessitam da realização das cirurgias de recomposição, a promotora diz que é um problema antigo.
Entidades cobraram maior assistência a pacientes oncológicos |
“Temos um problema sério no município de Aracaju, isso já vem desde 2011 e existem ações do MP neste sentido. O município tem que ter o controle de pacientes que precisam fazer as cirurgias. Notadamente as cirurgias oncológicas o Nucaar ou outro órgão especifico de controle do município tem que regular esses pacientes para redefinir o seu fluxo e conhecer a sua demanda, pois existe uma demanda reprimida muito grande no momento em que você não faz a regulação específica”, fala.
Mamografia
A voluntária da Legião Feminina de Educação e Combate ao Câncer (LFECC), Ana Virginia Araújo, lembra que a entidade trabalha com prevenção, porém enfrenta uma grande dificuldade quando é preciso encaminhar a paciente para uma mamografia na rede pública.
“No caso da Legião nós fazemos a prevenção até com exames ginecológicos anualmente, como o de colo de útero e de mama. A dificuldade é quando pedimos uma ultrassonografia ou mamografia. Se a paciente tiver que ser encaminhada para essa rede maior o prazo é de seis meses a sete meses. Com o convênio que estamos fazendo com o Hospital Cirurgia esperamos regularizar essa situação”, declara.
FHS
O assessor jurídico da Fundação Hospitalar da Saúde (FHS), Carlos Diego Brito Freitas, disse durante audiência que a fundação vem fazendo poucas cirurgias de reconstituição mamária, não sendo significativo diante da demanda apresentada, que a FHS realize cirurgias de forma reduzida.
Carlos Diego reconheceu problemas na capacidade instalada na rede hospitalar. Outro ponto apresentado pelo assessor jurídico da FHS é quanto a equipe habilitada para a realização das cirurgias com a formação da escala, bem como anestesistas.
Por Kátia Susanna
Portal Infonet no WhatsApp
Receba no celular notícias de Sergipe
Acesse o link abaixo, ou escanei o QRCODE, para ter acesso a variados conteúdos.
https://whatsapp.com/channel/
0029Va6S7EtDJ6H43
FcFzQ0B