Endometriose: sintoma pode surgir em qualquer fase da vida da mulher

(Foto: Freepik)

Nos últimos dias, o Brasil se surpreendeu com declarações da cantora Anitta, que contou que sofre de endometriose. A cantora, que passou por uma cirurgia nesta quarta-feira, 20, chamou a atenção da população para a doença que atinge cerca de sete milhões de mulheres no Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

De acordo com o ginecologista e especialista em Endometriose, cooperado Unimed Sergipe, Kelso Passos, os sintomas da endometriose podem surgir em qualquer período da vida da mulher. “Algumas pacientes começam a ter os sintomas já na primeira menstruação, podendo ser com 9, 10 ou 11 anos. Mas também pode se iniciar em qualquer época da vida, inclusive, depois da menopausa”, explica Kelso.

De acordo com Passos os principais sintomas que acompanham a doença é a dismenorreia, nome técnico para cólica menstrual, dor pélvica crônica, dispareunia, que é a dor durante a relação sexual, dor para evacuar, dor ou sangramento para urinar e sangramento na evacuação durante a menstruação.

“Outro sintoma bem frequente é a infertilidade. Podemos, também, adicionar outro sintoma que é a distensão abdominal, muito frequente em pacientes com endometriose. Vale ressaltar que em torno de 10% das portadoras são assintomáticas, então, podemos encontrar pacientes com endometriose sem apresentar sintoma algum e uma outra observação é que não ter um dos sintomas não exclui o diagnóstico. Às vezes, a paciente tem dor durante a relação sexual, mas não tem dor de cólica e ela não ter a cólica menstrual não significa que não poderá ter esse diagnóstico. O mesmo acontece que mulheres que já têm filhos”, pontua o médico.

Todos os anos, durante o mês de março, é realizada a campanha Março Amarelo, que há quase 30 anos visa chamar a atenção da população sobre a endometriose. Recentemente, a doença foi reconhecida pela OMS como um problema de saúde pública.

“Quando a paciente vai pra um ginecologista que tem uma especialização em endometriose, o diagnóstico é relativamente fácil e pode ser realizado apenas com a anamnese, que é a entrevista durante a consulta, e complementado pelo exame físico no consultório. Na maioria das vezes, pedimos o ultrassom com preparo intestinal e a ressonância como complementação do diagnóstico para mapear a doença, para ver se será um caso cirúrgico e para fazer um controle da doença, independente se vai operar ou não”, frisa o ginecologista.

Segundo Kelso, existe tratamento para o controle da endometriose, porém, não há cura. O tratamento é feito de forma multidisciplinar e inclui, além de um ginecologista especializado, nutricionista, profissional de Educação Física e psicólogo.

“Mesmo nos casos em que há a cirurgias, a taxa de recidiva é muito alta. Então, é uma doença crônica que há um controle muito eficaz para que a paciente possa ter uma vida normal, sem crises e dores. A endometriose requer um tratamento personalizado para cada paciente, pois cada uma tem seu sintoma e seu tratamento e seguindo as orientações, ela tem uma vida normal, sem atribulações em seu dia a dia”, complementa Kelso Passos.

Fonte: Ascom Unimed

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