Especialista alerta sobre sintomas que podem causar câncer colorretal

“Pessoas que têm parentes com esse tipo de câncer, tem mais risco de desenvolver a doença”, diz Felipe. (Foto: Ascom/Unimed)

O mês de março é marcado pela celebração do Dia Nacional de Combate ao Câncer de Intestino. A data é 27 de março e surgiu diante da importância do combate e, principalmente, a prevenção a esta doença, a campanha Março Azul Marinho foi idealizada com o objetivo de conscientizar a população sobre este tipo de câncer que tem maior incidência em pessoas entre os 60 e 70 anos.

O câncer colorretal é o que acomete o intestino grosso e o reto. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), em 2020, este foi o segundo tipo de câncer mais comum entre homens e mulheres e o terceiro em mortalidade no Brasil.  O coloproctologista cooperado Unimed Sergipe, Felipe Torres, destaca os principais sintomas da doença.
“Sangramento nas fezes, alteração do hábito intestinal, quando o paciente tinha intestino normal e ficou constipado ou alterou pra diarreia, dor abdominal e perda de peso, quando o caso já está mais avançado”, destaca Dr. Felipe. Ainda de acordo com o médico, a doença, que se apresenta com maior incidência a partir da terceira idade, vem registrando, nos últimos dez anos, aumento de casos em pessoas com menos de 50 anos.
Causas
Um conjunto de fatores pode ocasionar o câncer colorretal, entre eles, o genético. “Fatores genéticos são os passados de forma hereditária: pessoas que têm parentes com esse tipo de câncer, tem mais risco de desenvolver a doença. Os fatores ambientais são os evitáveis, como o consumo de carne vermelha e gordura animal, consumo de embutidos e defumados, obesidade, consumo de bebidas alcoólicas, tabagismo e sedentarismo. Também influencia a história pessoal, com outros tipos de câncer e doenças pregressas como doença inflamatória intestinal, a exemplo de Crohn e retocolite ulcerativa”, explica Dr. Felipe.
Diagnóstico
O melhor exame para o diagnóstico é a colonoscopia, que não só diagnostica como também pode prevenir ao encontrar lesões pré-malignas e até mesmo tratar quando o câncer está em fase ultra-precoce. A colonoscopia é um exame indolor, que captura imagens em tempo real do intestino grosso e auxilia o profissional no diagnóstico.
“O coloproctologista deve ser procurado na presença dos sintomas de alarme como sangramento retal, alteração do hábito intestinal e perda de peso. Importante mencionar que uma doença muito comum como as hemorroidas também causa sangramento retal, portanto, somente um especialista pode diferenciar cada doença”, enfatiza Dr. Felipe
Além de manter hábitos saudáveis, outra forma de prevenção para este tipo de câncer é, a partir dos 45 anos, independente dos sintomas, o indivíduo procurar o coloproctologista para que sejam orientados os exames de rastreamento, através da pesquisa de sangue oculto nas fezes e a colonoscopia.
Tratamento
O médico explica também que o tratamento do câncer colorretal é eminentemente cirúrgico, podendo ser complementado com quimioterapia pós-operatória em estágios mais avançados. No caso do tumor de reto, pode ser indicado também quimioterapia e radioterapia pré-operatórias para aumentar a chance de cura e diminuir a chance de uma recaída.
“A cirurgia deve ser preferencialmente realizada por via minimamente invasiva – laparoscopia ou, mais atualmente, robótica –  pois apresentam os mesmos resultados oncológicos, só que com menos dor e menos chance de sangramento, alta mais precoce, retorno mais rápido às atividades e melhor efeito cosmético”, frisa Dr. Felipe.

O Inca estima o surgimento de 40.990 novos casos de câncer colorretal por ano, para o triênio 2020/2022, dos quais 20.520 em homens e 20.470 em mulheres. Os números correspondem a um risco estimado de 19,64 casos novos a cada 100 mil homens e 19,03 a cada 100 mil mulheres.

Fonte: Ascom/Unimed
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