Grupo de médicas alerta para a importância da vacinação (Fotos: Portal Infonet) |
Médicos da Sociedade de Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia (IPTGI) do Estado de Sergipe se reuniram nesta quinta-feira, 12, nos Lagos da Orla de Atalaia para iniciar uma campanha de conscientização sobre a importância da vacinação contra o HPV. Até o ano passado, a vacina estava disponível apenas para meninas, mas no Brasil os postos de saúde já estão aptos a vacinar meninos. Dados do Ministério da Saúde apontam que 44.152 meninos na faixa etária de 12 a 13 anos podem receber a vacina aqui em Sergipe.
A médica ginecologista, Júlia Dias, conta que a necessidade de reforçar a importância da vacinação ficou ainda maior quando um estudo feito na Universidade Federal de Sergipe (UFS) mostrou que a adesão das meninas à vacina caiu pela metade em comparação aos números da primeira fase da campanha. “Quando a vacinação começou tivemos uma adesão importante, mas percebemos que esses números caíram quase que 50%. As mães não estão levando as filhas e nós resolvemos nos mobilizar para que as meninas voltem a vacinar e os meninos comecem a tomar a vacina. Assim o efeito aumenta e nós poderemos ter finalmente um mundo livre dessa doença tão terrível”, explica.
Júlia Dias reforça que pais devem levar os filhos para a vacinação |
Júlia explica que o HPV é um vírus transmitido através de relações sexuais e que pode trazer diversas doenças graves. “O HPV é um vírus que causa câncer no colo do útero, na região anorretal, vulva, vagina, laringe e até está relacionado a alguns cânceres de cabeça e pescoço”, alerta.
A médica reforça ainda que é dever dos pais levar seus filhos para a vacinação. “A vacina é uma arma que gente tem contra a infecção. É obrigação dos pais levar os filhos. Eles devem estar despojados de preconceitos ou qualquer conceito com relação à sexualidade e lembrar que isso é uma questão de saúde”, destaca.
HPV para meninos
O esquema vacinal para os meninos contra HPV é de duas doses, com seis meses de intervalo entre elas. Para os que vivem com HIV, a faixa etária é mais ampla (9 a 26 anos) e o esquema vacinal é de três doses (intervalo de 0, 2 e 6 meses). No caso dos portadores de HIV, é necessário apresentar prescrição médica. A vacina disponibilizada para os meninos é a quadrivalente, que já é oferecida desde 2014 pelo SUS para as meninas. Confere proteção contra quatro subtipos do vírus HPV (6, 11, 16 e 18), com 98% de eficácia para quem segue corretamente o esquema vacinal.
Por Verlane Estácio
Com informações do Ministério da Saúde
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