Fadiga pandêmica: psicóloga explica sintomas e como evitar a doença

A fadiga pandêmica está associada ao desgaste físico e mental adquirido durante a pandemia da covid-19 (Foto: Freepik)

A pandemia da covid-19 foi marcada pelo distanciamento social. As pessoas consequentemente ficaram mais tempo em casa e essa situação ocasiona diversos fatores que podem prejudicar a rotina da população. Um desses fatores é o que a Organização Mundial da Saúde (OMS) define como fadiga pandêmica, que é o desgaste físico e mental ocasionada por pensamentos e vivências negativas, além da preocupação excessiva durante a pandemia.

Psicóloga Lorena Amorim (Foto: Arquivo pessoal de Lorena Amorim)

De acordo com a psicóloga Lorena Amorim, ansiedade, preocupação, insônia ou sono em excesso podem ser os sintomas mais frequentes da fadiga pandêmica. “A pessoa fica em uma hipervigilância devido à preocupação excessiva, cansaço, desânimo e impaciência em relação à fase desta pandemia”, explica. “Também é importante mencionar que cada pessoa vai manifestar essa fadiga de uma forma diferente, as sensações são relativas”, completa.

Para evitar a fadiga pandêmica, a psicóloga Lorena Amorim destaca algumas práticas importantes que podem ser adotadas para gerar um bem estar mais duradouro e enfrentar a pandemia com resiliência. “ A mudança de hábito é o primeiro passo para se livrar da fadiga. Buscar fazer coisas prazerosas e adotar um hobby para passar o tempo é essencial”, declara. “Também é necessário acolher o sentimento que a pessoa esteja sentindo, seja ele qual for. Se ela estiver triste, ela pode acolher e aceitar esse sentimento, além de reconhecer que o mundo está passando por uma fase difícil, então, tudo bem não estar bem”, ressalta.

Segundo a psicóloga, algumas coisas que antes faziam parte da rotina de uma forma mais natural, hoje podem se tornar desafios, a exemplo da rotina de trabalho e convivência com a família. “Quando a convivência com a família fica desgastante, já que agora estamos mais tempo em casa, é ideal lidar com a situação de uma forma que a pessoa concilie bem seu espaço pessoal e o tempo com a sua família. Em relação ao trabalho é a mesma coisa. O home office veio com tudo nesta pandemia, então é preciso que haja equilíbrio em todas essas áreas mais frequentes em nossa rotina”, destaca.

A psicóloga alerta que, por mais que a pessoa não esteja sentindo nenhum sintoma que remeta à fadiga pandêmica, é sempre bom manter o equilíbrio e cuidar da saúde mental. “Ninguém vai sair ileso desse momento que o mundo está passando. É importante lembrar que tudo em excesso faz mal. Então, é bom buscar sair do piloto automático, ou seja, se você está tomando banho, preste atenção no banho e não fique com a cabeça no trabalho ou em preocupações”, salienta. “ É interessante saber viver um dia de cada vez e sempre prestar atenção no hoje”, reforça.

Por Isabella Vieira e Verlane Estácio

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