Falta de atendimento causa revolta na UPA Nestor Piva

Polícia foi acionada para conter possível conflito (Fotos: Portal Infonet)

Pacientes da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Nestor Piva manifestaram revolta na noite desta segunda-feira, 1º, em virtude da falta de médicos. Insatisfeitos com a falta de atendimento e informações, alguns usuários invadiram a área restrita do hospital, cobrando providências. A polícia chegou a ser acionada para controlar um possível conflito no local.

Romisson Barreto Fraga, que desde as 7h da manhã aguarda atendimento para sua filha, demonstra sua indignação. “Cheguei logo cedo, com minha filha de 16 anos gemendo de dor. E até agora ela está da mesma forma que chegou. O pior é que não somos só nós que estamos nessa situação”, diz.

O usuário relata que o intuito da entrada em área restrita foi pacífico. “Entramos só para saber o que estava acontecendo, por que eles disseram que só tinha um médico na unidade. Ninguém da diretoria nos deu um esclarecimento, e a assistente social disse que não podia fazer nada. Não precisa polícia, somos pais de família, e não criminosos”, expõe.

Maria Tânia dos Santos descreve o quadro alarmante que testemunhou enquanto aguardava no local. “Chegou gente aqui com hemorragia que não teve como ser atendido e foi embora às pressas. Uma moça chegou passando mal, e não a deixaram entrar para receber. Outra senhora chegou quase desmaiando, com crise de pressão, e eles só fizeram registrar uma ficha e mandar sentar”, explica.

Alguns pacientes afirmaram o intuito de registrar um boletim de ocorrência para denunciar a situação no hospital, cogitando ainda um relato ao Ministério Público. “Vamos reunir todos as fichas e levar na Delegacia Plantonista, por que não tem como admitir uma coisa dessas. A gente tem que cobrar nossos direitos”, reivindica o usuário Antônio Carlos dos Santos.

SMS

'Queremos médicos!", foi o coro dos usuários em frente ao local

A assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informa que o problema foi causado pela falta de dois médicos durante o plantão, que teriam deixado a Unidade durante horário de almoço e não retornaram. A entidade explica ainda que cada plantão é composto por quatro médicos, sendo dois destinados ao atendimento de entrada e dois para a estabilização. Com a ausência de dois médicos, apenas um profissional esteve disponível para cobrir a grande demanda no setor de entradas.

A SMS ressalta que os usuários adentraram a área restrita do hospital por volta das 18h, pouco antes da troca de plantões. Às 19h, quando o plantão da noite foi iniciado, a situação foi controlada com a entrada dos quatro médicos da escala. Para atender os pacientes que aguardavam desde a manhã, o secretário adjunto da Saúde, Petrônio Gomes, disponibilizou-se para o plantão. Ao todo, sete médicos estão atuando no local, sendo três em caráter excepcional.

Por Nayara Arêdes e Verlane Estácio

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