Euza Missano e Diego Freitas em debate no MPE sobre os problemas da FHS (Foto: Arquivo Portal Infonet) |
Três diretores da Fundação Hospital de Saúde (FHS) estão excluídos dos quadros da Fundação Hospital de Saúde (FHS). De acordo com informações da Secretaria de Estado de Comunicação, dois foram exonerados por determinação do governador em exercício, Jackson Barreto, que se sentiu incomodado diante das constantes reclamações da população originadas pela falta de medicamentos e de insumos nas unidades de saúde, e um terceiro foi afastado a pedido do próprio diretor.
A informação sobre as exonerações dos diretores da Fundação Hospital de Saúde foi transmitida pelo governador em exercício, Jackson Barreto, no final de semana durante entrevista concedida a uma emissora de rádio no interior do Estado. Nesta segunda-feira, 21, o secretário adjunto de comunicação, Sales Neto, confirmou a insatisfação do governador em exercício com o desempenho dos diretores diante das constantes reclamações feitas pela população, mas desmente a versão de que o governador em exercício teria feito as exonerações nos microfones da emissora de rádio.
Segundo Sales Neto, que ainda não divulgou os nomes dos diretores que não farão mais parte da FHS, o governador em exercício já teria feito três advertências aos gestores daquela fundação, demonstrando que não aceitaria mais reclamações da comunidade quanto à falta de medicamento e à deficiência no atendimento à saúde dispensado nas unidades administradas pela FHS.
Segundo Sales Neto, as exonerações já teriam sido assinadas antes da entrevista concedida pelo governador em exercício à emissora de rádio. Para Sales, a entrevista apenas se caracterizou como um anúncio em público do governador em exercício feito em primeira mão à emissora de rádio.
Os problemas registrados na Fundação Hospitalar de Sergipe já foram várias vezes debatidos em sucessivas audiências públicas promovidas pelo Ministério Público Estadual. Na foto, o diretor da Fundação, Diego Freitas, aparece ao lado da promotora Euza Missano, da Procuradoria de Defesa dos Direitos à Saúde do MPE, tratando de questões relacionadas à FHS.
Nota FHS
A Secretaria de Estado da Saúde esclarece que o governador Jackson Barreto não demitiu no ar os membros da diretoria da Fundação Hospitalar de Saúde. "Desde a semana antepassada, quando o governador reuniu a secretária de Estado e o diretor geral da FHS para tratar da situação financeira da mesma, ele sinalizou que algumas alterações nos quadros da Fundação Hospitalar teriam que ser realizadas de imediato. Essas mudanças serão adotadas sem prejuízo de que as informações necessárias para a análise de conjuntura sobre redução de gastos de que a comissão, já estabelecida com membros da Seplag, Sefaz, Seed e SES, além da CGE e PGE, irá fazer compondo, assim, o pacote de alterações político-administrativas que será declarada à sociedade sergipana nos próximos 10 dias pelo governador Jackson Barreto. Desde a reunião, medidas iniciais foram então adotadas pelo diretor geral Marcelo Vieira atendendo às determinações expressas do governador e da secretária. Ainda esta semana, em reunião extraordinária do Conselho Curador da FHS, a secretária Joélia Silva deverá afastar todos os membros da Diretoria da Fundação e proceder aos ajustes necessários, conforme determinação do Governo do Estado. Quanto às informações prestadas pelo ex-diretor administrativo-financeiro, Mário Ferreira, a secretária tem a informar que a FHS é um prestador de serviços criado por lei pelo Governo do Estado, porém com um contrato estatal que prevê metas quali-quantitativas em toda a rede hospitalar, além do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência 192, e que os pagamentos realizados à mesma se dão dentro da avaliação das metas produzidas. Quanto ao déficit financeiro e à dívida remanescente da FHS, como bem fora exposto pelo ex-diretor administrativo-financeiro, trata-se de algo passível de resolução totalmente administrável desde que medidas emergenciais de contenção de gastos e despesas, que não retratem a finalidade maior do atendimento ao usuário do SUS, possam ser revistas e tratadas em caráter de urgência urgentíssima pelo Governo. Em diversas oportunidades, a secretária Joélia Silva tem colocado que a situação da saúde pública no país requer um olhar profundo sobre o sub-financiamento, os valores pagos pela tabela SUS aos procedimentos de média e alta complexidade, principalmente, e às questões de cumprimento de responsabilidades constitucionais, a exemplo da Lei de Responsabilidade Fiscal que limita o gasto com pessoal quando se faz necessário discutirmos um plano de carreira para os trabalhadores do SUS nacionalmente.O governador Jackson Barreto tem demonstrado procurar corrigir distorções e priorizar áreas como Saúde, Educação e Segurança Pública, rediscutindo a quantidade de cargos comissionados, os valores pagos com contratos de prestação de serviços e o número de órgãos e Secretarias do Governo, com a finalidade de vencer obstáculos, como o limite prudencial, e poder estabelecer melhores condições de repasse para as pastas a serem priorizadas. Quanto às questões abordadas sobre atraso de pagamento ao Ipes Saúde e outros tributos, a Secretaria de Estado da Saúde, a Sefaz e a Seplag estão trabalhando para resolver de imediato essas pendências financeiras", esclarece a nota encaminhada pela FHS, a redação do Portal Infonet.
* A matéria foi alterada às 14h45
Por Cássia Santana
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