Familiares de gari baleado cobram cirurgia do Huse

Familiares estão há horas na porta do Huse (Fotos: Portal Infonet)

A esposa, o pai e a irmã de Marcio Julio Nunes Santos fazem plantão na porta do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) na espera do procedimento cirúrgico para retirada dos estilhaços de bala do corpo da vítima. O trabalhador da coleta de resíduos sólidos em Aracaju foi alvejado com cinco tiros no bairro Cidade Nova, por volta das 8h40, quando fazia o serviço de recolhimento do lixo. Ele foi socorrido pela própria  empresa de limpeza, a Cavo, e deu entrada no Huse por volta das 9h. 

Por volta das 17h, o Portal Infonet teve no setor de Urgência do hospital e os familiares permaneciam lá na espera do processo cirúrgico. Desesperada, a esposa clamou por assistência do hospital. “Ele até foi para o centro cirúrgico, mas fomos informados que ele foi retirado porque chegou outro caso que eles consideraram mais grave. Até então não deram uma previsão de quando ele será operado, e ele está lá, com um tiro no peito correndo o risco de piorar a qualquer momento. O Estado precisa tomar uma atitude”, reclamou Fabiana Gomes, esposa de Márcio.

À esquerda irmã da vítima, Andreza dos Santos ao lado de Fabiana Gomes, esposa 

Representantes da empresa Cavo também permaneceram na frente do hospital em busca de informações, a exemplo do líder operacional Geovane Cena. Uma segunda funcionária da Cavo, conseguiu acesso ao paciente e informou que o quadro clínico de Márcio foi dado como estável [sem correr risco de vida], e até o final do dia há a previsão da realização do procedimento cirúrgico. 

A ocorrência

Márcio foi alvo de cinco tiros no bairro Cidade Nova, pela manhã, quando realizava a coleta com outros dois garis. Segundo a esposa da vítima, que diz ter conversado com os outros garis, um homem chegou para Márcio, falou algumas coisas e se afastou entrando em uma residência. “Quando o caminhão ia saindo, esse homem saiu com uma arma e tentou acertar os três garis, mas os tiros só pegam no meu marido”, disse Fabiana Gomes.

Geovane Cena, da Cavo, disse que a acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas dada a demora, a própria empresa disponibilizou um veículo para levar Márcio ao Hospital. Cena diz que a empresa continua na tentativa de buscar informações junto com os familiares da vítima no Huse. A esposa prestou o boletim de ocorrência ainda pela manhã.

Tentamos entrar em contato com a assessoria de comunicação do Huse, mas não obtivemos êxito. Fizemos contato também com os assessores da Secretaria de Estado da Saúde (SES), mas nenhuma das nossas ligações foram atendidas. Permanecemos à disposição através do telefone 2106-8000 ou do e-mail jornalismo@infonet.com.br.

Por Ícaro Novaes e Aldaci de Souza

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