FHS apresenta investimentos em medicamentos e insumos

Mais de 40 mil itens compõem a nova aquisição feita pela FHS (Fotos: Portal Infonet)

Os impasses relacionados à falta de medicamentos e insumos nas unidades gerenciadas pela Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) impulsionaram a apresentação de investimentos nessa área, durante uma coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira, 29, na Central de Logística da FHS (Celog), localizada no Distrito Industrial de Aracaju.

Na ocasião, o diretor geral da FHS, Hamilton Santana, apresentou itens comprados a partir do investimento de R$ 10 milhões nos últimos dois meses. “O recurso foi originado da redução de diversos contratos, compras à vista e outras medidas tomadas por meio de uma gestão planejada e organizada. No tocante à economia, estamos também negociando com fornecedores para fins de resolução de débitos”, declarou o diretor geral. 

Segundo Hamilton, o objetivo da coletiva foi mostrar para os órgãos de controle externo as medidas adotadas pela FHS, no que diz respeito ao abastecimento das unidades e fazer com que a

Hamilton Santana é o diretor geral da FHS

sociedade também tenha conhecimento dessa aquisição de medicamentos e insumos. “As aquisições irão favorecer o abastecimento de toda a rede estadual de saúde por, aproximadamente, 60 dias. Isso gera tranqüilidade, pois, além de estarmos com a rede abastecida, será possível planejar os próximos dias e todo o ano de 2014, com solução de continuidade”, acrescentou o presidente da FHS.

Software

A apresentação de um novo sistema online de controle de produtos, criado por técnicos da FHS, foi também uma das pautas sugeridas durante a coletiva. “O novo sistema permitirá à Celog um maior controle de materiais e o registro do fluxo de encaminhamento dos insumos e medicamentos. Além o quantitativo enviado, o sistema disponibilizará a validade de cada item. A novidade favorecerá a comunicação em tempo real entre as unidades e a Central, e vai permitir visualizar o que poderá faltar, o uso e as novas aquisições a serem feitas e forma coerente”, detalhou Hamilton Santana.

Medicamentos

Cláudio declara que medicamentos de alto custo e básicos estão armazenados  

De acordo com o gestor institucional da Celog/FHS, Cláudio Santos, entre os medicamentos de alto custo e de necessidades básicas dos pacientes, estão o Taxane, para tratamentos oncológicos, antibióticos e antitrombolíticos, a exemplo do Exoparina, considerados de alto custo. “Mais de 40 mil itens foram classificados em dois mil grupos. Salientamos também que de dezembro até 15 de janeiro, o Governo de Sergipe, através da FHS, investiu mais de R$ 11 milhões em insumos e medicamentos para fluxo contínuo, ou seja, a demanda é grande e específica para cada unidade de saúde”, ressaltou o gestor.

Claudio ainda garante que R$ 6 milhões são investidos mensalmente em insumos médico-hospitalares e medicamentos destinados a toda rede hospitalar de saúde, tendo o Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) o recebedor de 80% dos itens. “Cateteres e materiais descartáveis estão entre os materiais alocados na Celog, que os armazena em zonas. Em média, trinta contêineres saem todos os dias para as unidades de saúde, estando os mesmos lacrados e numerados”, explicou Cláudio Santos.

MPE

Euza Missano esteve na Celog para constatar a ação da FHS

Para a promotora Euza Missano, da Procuradoria de Defesa dos Direitos à Saúde do MPE, o abastecimento das unidades de saúde com medicamentos e insumos representa um grande passo dado pela FHS, mas outros impasses ainda tornam delicado o quadro da saúde, a exemplo dos problemas no atendimento, débitos, realização de cirurgias e outras questões solicitadas pelo MPE atraévs de liminares expedidas pelo poder judiciário.

“Grandes problemas perpassam a questão do abastecimento e esperamos que, com essa apresentação, a situação esteja definitivamente regularizada, já que problemas cíclicos provenientes da falta de medicamentos, principalmente na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL) e Huse, foram detectados e denunciados pela população”, afirmou Euza Missano.

A promotora destacou também que o MPE reconhece o feito da FHS, com vistas ao abastecimento regular, e considera a necessidade de medicamentos, como os oncológicos, para uso contínuo dos pacientes, o que faz da assistência farmacêutica um recurso primordial para os tratamentos.

Por Nubia Santana

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