FHS diz que tomará medidas contra greve de procuradores

Informação sobre a greve foi passada durante audiência pública no MPE (Foto: Portal Infonet)

Os procuradores que atuam na Fundação Hospitalar da Saúde (FHS) estão em greve. A informação foi passada por uma das procuradoras da Fundação, durante uma audiência pública no Ministério Público Estadual (MPE), na última quarta-feira, 20. A classe reivindica reajuste salarial, dentre outros benefícios. O diretor geral da Fundação Hospitalar de Saúde, Hamilton Santana, ver com estranheza a conduta dos procuradores.

Ele alerta ainda, que se houver algum prejuízo para a Fundação, por conta da paralisação, a FHS tomará as medidas cabíveis. Em nota, a assessoria de comunicação da FHS e do Governo do Estado, confirmam a mobilização da categoria e explicam quais as medidas tomadas para resolver a questão.

Confira a nota na íntegra:

“O diretor geral da Fundação Hospitalar de Saúde, Hamilton Santana, estranha esse tipo de conduta por parte dos Procuradores, considerando que na última terça-feira agendou uma reunião para receber esses profissionais. No entanto, esta ocorreria após uma reunião previamente agendada com outra categoria de trabalhadores. Ao término desta reunião, por volta das 17 horas, recebeu a informação de que os Procuradores decidiram não esperar. O diretor geral alerta ainda que se algum prejuízo no contencioso ou em ações da FHS ocorrer por conta deste movimento, a FHS representará esses Procuradores junto à OAB e encaminhará o caso para as comissões de sindicância, já que se colocou e permanece à disposição para recebê-los”. (Sic)

Procuradores

Diretor da FHS Hamilton Santana (Foto: Ascom/SES)

A reportagem do Portal Infonet, tentou  ouvir um dos procuradores, Diego Freitas, para que pudessem expressar suas reivindicações, mas sem êxito. Após o fechamento da matéria, o Portal recebeu uma nota de esclarecimento assinada pelos procuradores Alan da Fonseca Sá Barreto de Freitas, Lívia Bezerra Oliveira de Santana, Luciana Brito Nunes, Nínive Oliveira Nunes Bandeira, Ricardo Mesquita Barbosa e Thiago Davis Bomfim dos Santos. Os mesmos afirmaram que o procurador Diego Freitas não tem legitimidade para falar em nome da categoria e destacaram ainda que à semelhança do que, pacientemente, fizeram ao longo do último ano, permanecem à disposição da Diretoria-Geral e da Secretaria de Estado da Saúde para recebimento de propostas efetivas quanto aos pleitos da categoria.

Confira trecho da nota:

"Passado mais de 1 ano de tentativas de negociação com as diretorias da FHS, bem como com a SES, no sentido de atender reivindicações de melhorias das condições de trabalho e salariais dos Procuradores concursados, a categoria sempre foi tratada com indiferença, não tendo recebido, até o momento, qualquer contraproposta ou sido tomadas medidas efetivas para viabilizar a solução de problemas estruturais. Diante do referido quadro, a categoria notificou a Diretoria da FHS, bem como a SES, com 72h de antecedência, sobre a paralisação de advertência, com duração de 24h , que ocorreria nesta quinta-feira, dia 21.

O fato de, somente na tarde da terça-feira, 19, ter sido, informalmente, comunicada acerca da mera possibilidade de ser recepcionada, sem qualquer definição de horário, se surgisse lacuna na respectiva agenda, é circunstância que torna ainda mais evidente o descaso da Diretoria para com a categoria.

Causam estranheza as ameaças de abertura de sindicância e representação perante a Ordem dos Advogados, propaladas pelo Senhor Diretor da FHS contra os seus Procuradores, uma vez que a categoria agiu com extremo zelo e ética profissional, tendo cumprido, também, todos os prazos processuais referentes ao dia da paralisação. Todavia, tal postura não assusta, posto que essas medidas, se tomadas, podem configurar crime contra a organização do trabalho e abuso de autoridade.

Esclarece-se, ainda, que não havia Procuradora da FHS presente à audiência pública ocorrida no dia 20 de novembro de 2013, no Ministério Público Estadual. Por fim, os Procuradores de carreira da FHS, permanecem à disposição da Diretoria-Geral e da SES para recebimento de propostas efetivas quanto aos pleitos da categoria".

Exoneração

No último mês de outubro, três diretores da Fundação Hospital de Saúde (FHS) foram excluídos dos quadros da Fundação. De acordo com informações da Secretaria de Estado de Comunicação, dois foram exonerados por determinação do governador em exercício, Jackson Barreto, que se sentiu incomodado diante das constantes reclamações da população originadas pela falta de medicamentos e de insumos nas unidades de saúde, e um terceiro foi afastado a pedido do próprio direto.

No estado

Em agosto deste ano, os Procuradores do Estado deflagraram greve e ficaram paralisados por dois dias. A categoria lutava pela aprovação do projeto encaminhado ao governo há cerca de dois anos, no qual consta o pedido de redução de custos operacionais dentro da Procuradoria Geral do Estado (PGE), reduzindo-se o número de cargos comissionados e o valor da gratificação. No dia 16 de agosto a categoria encerrou a greve, após o Governo do Estado ter atendido as reivindicações.

Por Eliene Andrade

A matéria foi alterada às 17h40 para acréscimo de nota enviada pelos procuradores.

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