Fraude glaucoma: Conselho aguarda comunicação da PF

Superintendência da PF em Alagoas (Foto: Ascom/AL)

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Sergipe (Cremese) aguarda informações oficiais, por parte da Polícia Federal (PF) de Alagoas, em relação ao inquérito envolvendo médicos no esquema para desviar recursos do Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com a presidente do Cremese, Rosa Amélia Andrade, o Conselho vem acompanhando o desenrolar das investigações, mas não irá se antecipar aos fatos. "Existe uma investigação realizada pela Polícia Federal em Alagoas. Tomamos conhecimento da ação que está acontecendo lá, mas precisamos esperar a polícia identificar quem são os médicos envolvidos aqui em Sergipe, para só então iniciarmos os processos legais, no âmbito da Cremese, para abertura do processo ético. Não vamos nos antecipar aos fatos”, comentou.

Já o Conselho Regional de Medicina de Alagoas (CRM/AL), informou que irá encaminhar a Polícia Federal, ainda nessa segunda-feira, 27, um pedido de solicitação da cópia do inquérito.

De acordo com o presidente do CRM/AL, Fernando Araújo, o objetivo é identificar se há outros médicos alagoanos envolvidos na fraude e se existem implicações éticas que levem a perda de registro. “A polícia é quem tem a competência para investigar. Então nós precisamos solicitar a cópia desse inquérito e assim avaliar se existem implicações éticas. Se as denúncias tiverem fundamento, teremos base para tomar as providências legais em relação aos médicos que estiverem envolvidos”, explicou.

Entenda o caso

No último dia 13 de junho, a Polícia Federal deu início ao cumprimento de mandado judicial expedido pela Justiça Federal alagoana contra médicos e administradores de empresas que atuam nos Estados de Sergipe [em Itabaiana], Alagoas, Bahia e Goiás, que estariam envolvidas em esquema para desviar recursos do Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com a Superintendência da Polícia Federal do Estado de Alagoas há médicos e funcionárias de empresas prestadoras de serviços oftalmológicos e  empresas distribuidoras de medicamento e prestadoras de serviços na área oftalmológica, envolvidos neste esquema fraudulento, responsável por apresentar diagnóstico falso para prescrever o colírio específico para tratamento de glaucoma, que seria distribuído gratuitamente pelo Ministério da Saúde a pacientes atendidos pelo programa.

Por Alcione Martins

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