Fundação vai apurar “abandono” de plantão por médicas

Hans Lobo: "Espetacularizar e pressionar a gestão" (Fotos: Portal Infonet)

O diretor-geral da Fundação Hospitalar de Saúde, Hans Lobo, informou na manhã desta segunda-feira, 11, que será aberto um procedimento administrativo no sentido de apurar o que levou as duas médicas a “abandonar” o plantão na regulação do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu 192) sob o argumento de que o plantão estava com um número de médicos inferior ao mínimo preconizado pelo Ministério da Saúde (cinco) e prestaram queixa na Delegacia Plantonista. “Que eu saiba quatro é um número menor do que cinco”, diz.

“As providências que vamos tomar em relação às médicas que saíram da Regulação pra prestar o BO porque não tinham cinco reguladores e deixaram apenas dois médicos, é apurar diante das prerrogativas que a Fundação tem e verificar o abandono de plantão e os prejuízos que poderiam ter causado à população. Dois é um número menor do que quatro. Tínham quatro plantonistas num domingo de manhã, relativamente tranquilo e com o pretexto que não tinham cinco reguladores, elas saíram e deixaram em dois reguladores. A portaria preconiza cinco e nós sempre colocamos seis”, destaca.

Glícia Ramos: "Qualquer um de nós pode assumir a regulação ou uma USA"

Hans Lobo disse ainda que a atitude tomada pelas médicas ao prestarem queixa na delegacia, teria sido para pressionar a gestão.

“É um crime que não existe. É muito mais para espetacularizar e pressionar a gestão. Os salários estão pagos, estão em dia, não há nenhum atraso por parte da Fundação, se há alguma rixa ou algum questionamento pessoal, esse não é o local. O Samu presta um serviço muito relevante e é de péssimo tom, se aproveitar de uma fragilidade momentânea, para atacar uma instituição que você trabalha, que paga os seus salários, aqueles que não tiverem insatisfeitos, procure a gestão para demonstrar a sua insatisfação. Não é através de Boletim de Ocorrência, de mídias sociais, causar um pânico na população. Você declarar que um plantão do Samu pode ser fechado é muito grave, pois o serviço é de urgência e emergência. É mesmo que dizer que vão fechar o hospital porque só tem dois médicos”, entende.

Plantão fechado

A superintendente do Samu 192 Sergipe, Glícia Ramos, explicou que são cinco plantonistas no plantão diurno e quatro no plantão noturno, além da reserva técnica de seis. “Em menos de 12 horas pra começar o plantão, fomos comunicados que teríamos uma falta em virtude de atestado médico. Acabou que mais um médico se ausentou, mas até às 13h tudo estava solucionado. A gente não tem plantão fechado, trabalhamos com a porta de urgência e não podemos parar. Antes de ser gestores somos profissionais do Samu, então qualquer um de nós pode assumir ou a regulação, ou a USA num evento de mais necessidade”, garante.

“A gestão apresenta uma escala fechada maior do que preconiza a portaria do Ministério da Saúde. Se algum profissional, algumas horas antes do plantão informa a impossibilidade de se ausentar, o problema não é só de gestão. Se faltar dois, precisamos de tempo, principalmente em um dia de domingo pra solicitar outros profissionais. Não houve e não foi caracterizado em momento nenhum desassistência. Saúde é feita por pessoas e infelizmente tem pessoas que fragilizam um processo que é dele próprio. Se é responsável pelo plantão, compete à medida que faltou um profissional, oficializar a gestão, pois se a gestão não souber que faltou alguém, não vai poder ter estratégias de comando”, complementa a secretária de Estado da Saúde, Conceição Mendonça.

Por Aldaci de Souza

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