Gemelares apresentam piora do desconforto respiratório

Gemelares apresentam piora do desconforto respiratório (Foto: Ascom MNSL)

As gemelares com 13 dias de vida, que nasceram na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), no dia 22 de dezembro de 2011, apresentam piora do desconforto respiratório, já intubadas com parâmetros altos e dessaturações freqüentes, necessitando sedação contínua.

Trata-se de um caso raro de gemelaridade conjugada de união pelo tórax (toracópagos). A incidência é de 1/100.000 nascimentos. Neste caso, elas apresentam  fusão cardíaca do tipo D (pelos atríos e ventrículos) de pior prognóstico e separação impossível (Heart 2006; 92:382-387).Opinião já confirmada ,mediante contato e envio de imagens do ecocardiograma, pelo Dr. Marcelo Jatene do INCOR de São Paulo.

Havia sido solicitada uma Ressonância Nuclear para avaliação de drenagem venosa pulmonar e sistêmico e saída pulmonar do gemelar A. Os dados da ressonância não mudariam a não indicação de separação das gemelares, apenas facilitariam a documentação do caso e definição de outras estruturas como pedículos hepáticos e pulmões.

Mas, como as crianças se encontram instáveis e com piora progressiva, como é esperado nestes casos, o exame que estava marcado na CEMISE para 04/01/2012, foi desmarcado, por falta de condições clínicas das recém-nascidas.
Serão mantidos os cuidados paliativos e de suporte. Lembrando que a evolução natural desta má formação é óbito nos primeiros meses de vida em 90% dos casos, conforme experiências de outros serviços (Rev Bras Ginecol Obstet 2011; 33(5):211-G / Rev Bras Ginecol Obstet 2010; 32(2):G15).

Fonte: Ascom MSNL