Goretti Reis anuncia fim de gestão e repasse de recursos

Goretti Reis oficializa recebimento de recursos do MS (Fotos: Portal Infonet)

Numa coletiva de imprensa realizada no gabinete da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), localizada no bairro Siqueira Campos, a secretária Goretti Reis se desligou da pasta e anunciou o recebimento de recursos provenientes do Ministério da Saúde (MS) para utilização em ações de vigilância sanitária e epidemiológica realizadas em Aracaju.

“Ao receber o convite do prefeito João Alves Filho, deixei bem claro que estaria assumindo, provisoriamente a pasta, até mesmo em função das minhas pretensões políticas. Foi uma instância polêmica em função das dívidas relacionadas à saúde municipal e as dificuldades estruturais encontradas, também no que diz respeito ao abastecimento de almoxarifados, mas procuramos sanar os problemas e ainda há muito por fazer”, declarou Goretti, apontando para as melhores condições com que deixa a pasta da saúde no município de Aracaju, comparada à gestão anterior.

Assinatura de termos foi feita na presença de Anderson Faria (MS/SE)

As ações executadas em 2013, a exemplo dos convênios já efetivados, os que estão em fase de elaboração, bem como os que estão em andamento, foram brevemente apresentadas pela secretária aos profissionais da imprensa sergipana. Na ocasião, o chefe da Divisão de Convênio e Gestão do MS em Sergipe, Anderson Faria destacou a relação institucional e republicana mantida pelos órgãos, em 2013, e o repasse de recursos.

“O MS está repassando, em termos de doação, duas vans para a secretaria, a serem utilizadas para o deslocamento e transporte de equipes de vigilância epidemiológica e sanitária, em Aracaju”, ressaltou Faria, relembrando o repasse de um veículo cabine dupla, além de dois veículos adaptados para trânsito em áreas de difícil acesso, cuja entrega será feita até junho de 2013, tanto ao município de Aracaju quanto a outros municípios sergipanos.

MS repassa, em termos de doação, duas vans para a SMS

O chefe da Divisão de Convênio e Gestão do MS em Sergipe ainda garantiu a efetivação de mais cinco convênios entre o MS e Fundo Municipal da Saúde, o qual a SMS é conveniada, para repasse de, aproximadamente, R$ 1 milhão, destinados para várias áreas que estão em processo de análise de convênios com o município de Aracaju e o MS.

Sucessão

Goretti Reis deixou claro que não anteciparia o anúncio a ser feito pelo prefeito de Aracaju, quanto ao novo escolhido para assumir a gestão da saúde municipal. “Arrumei a casa, ou seja, plantei e não vou colher os frutos. Quando assumi a pasta, sabia que encontraria dificuldades, também em função do papel político por mim exercido, mas recebi a incumbência por acreditar no Sistema Único de Saúde (SUS)”, afirmou a gestora, se colocando como militante da área. 

Quanto às dívidas relacionadas à saúde pública, Goretti Reis é objetiva. “Ainda ontem estive na Secretaria de Estado da Saúde (SES), a fim de viabilizar o pagamento da dívida que o órgão mantém com o município, hoje orçada em R$ 18 milhões. Com o débito da SES, vem a crise dos hospitais que ameaçam fechar as portas em função do não envio de recursos, mas apesar de ter recebido uma dívida de mais de R$ 74 milhões e hoje estar saindo, após pagamento de mais de 70%, ou seja, R$ 47 milhões, deixamos uma receita positiva de gestão. Dentro dos R$ 17 milhões que temos a pagar, temos montante maior a receber. Se tivéssemos recebido, melhoraríamos ainda mais a estrutura da rede municipal da saúde”, detalhou a gestora.

Internações hospitalares

Goretti Reis destaca também que o município de Aracaju deveria responder por apenas 15% na referência obstétrica de alto risco, para a população do interior sergipano. “Atendemos aos municípios de Nossa Senhora do Socorro (59%), Nossa Senhora da Glória (25%), Propriá (30%), o que comprova a ineficiência da rede materna da SES, administrada pela Fundação Hospitalar de Saúde (FHS)”, frisou.

A gestora também declarou que, em 2003, Aracaju foi responsável por 52% das internações hospitalares. “Ao longo dos seis anos, os recursos da SES tiveram uma curva extraordinariamente ascendente justificada pelas criações das Fundações e com a promessa de que 70% das internações ficariam no interior, ao passo que o município teve um tímido financiamento, o que acarretou na completa desestabilização do sistema. Os hospitais do interior não corresponderam e a obrigação foi empurrada para o município”, salientou Goretti Reis.

Por Nubia Santana

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