Déda: alternativas para salvar o HPM (Foto: Cássia Santana/Portal Infonet) |
O governador Marcelo Déda (PT) considerou como grave a crise do Hospital da Polícia Militar (HPM), que está prestes a fechar as portas. Mas é um problema que tem solução, na ótica do governador. Ele enxerga duas alternativas para salvar o HPM: a possibilidade de transformá-lo em hospital geral, abrindo atendimento a todos os cidadãos que recebem assistência do Sistema Único de Saúde (SUS), ou ainda ser restrito ao atendimento ao servidor público, mantido pelo Instituto de Previdência dos Servidores (IPES).
Mas, conforma alerta o governador, ambas as alternativas implicariam mudanças na gestão e o HPM, obrigatoriamente, deixaria de ser administrados pela Polícia Militar. Uma questão de deve ser debatida de forma técnica e transparente entre o governo e a Polícia Militar, segundo Marcelo Déda. O governador explica que, por ser uma instituição restrita ao atendimento a uma classe, o HPM fica proibido de receber recursos do SUS. “Não é um hospital onde um cidadão comum possa ir. Só quem pode frequentar o hospital são os integrantes da corporação militar e os conveniados do IPES e o SUS não financia hospital porta fechada”, explicou o governador.
Para o governador, o fato do HPM não receber recursos do Sistema Único de Saúde torna a questão muito mais grave. O governador informou que o orçamento da Polícia Militar não é suficiente para atender às demandas do HPM, o que o torna inviável. A solução, na ótica do governador, seria o IPES debater com a direção do hospital para encontrar alternativas que permita manter a unidade em atividade.
O governador observa para a necessidade da PM abrir um debate direto com o Governo para ampliar a assistência ao cidadão. “Um debate transparente para transformar o Hospital da Polícia Militar em um hospital do servidor público ou um hospital geral”, diz. “Então, deixa de ser um hospital da polícia militar para ser um hospital geral, um hospital igual ao Huse [Hospital de Urgência de Sergipe], igual ao hospital de Socorro, igual ao hospital de Itabaiana”, afirmou o governador, encarando esta alternativa como uma probabilidade.
Embora aparentemente simples, a questão é complexa, na ótica do governador. “Aí teria que credenciar o hospital no Ministério da Saúde, tentar habilitá-lo como hospital geral e ser financiado pelo SUS e, então, ele vira um hospital comum e, inclusive, a direção do hospital deixa de ser militar e passa a ser da Secretaria da Saúde”, observou. “As soluções legais existem, mas não é uma situação que se resolve facilmente”, alerta.
Mesmo que se torne hospital restrito ao atendimento do servidor público, segundo Déda, a direção teria que sair do comando da Polícia Militar.
Por Cássia Santana
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