Ato ocorreu na manhã desta quinta-feira, 6, em na porta da prefeitura de Aracaju (Fotos: Portal Infonet)  O presidente do Sintasa, Augusto Couto A presidente do Sindasse, Rosely Anacleto O presidente do Sacema, Roberto Messias

A quinta-feira, 6, se iniciou com protestos na capital sergipana. Agentes sociais, enfermeiros, técnicos em auxiliar em enfermagem e agentes de endemias que permanecem em greve, promoveram uma manifestação em frente o prédio da Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA), na zona Oeste da cidade. Com o auxílio de carro de som, eles reivindicaram a uniformização da lei além do vencimento básico das categorias, bem como melhores condições trabalhistas.

“Este movimento é em prol do reajuste digno para as categorias, para que se incorporem as gratificações, que inclui às 30 horas dos enfermeiros. Além disso, está faltando medicamento nas Unidades de Saúde. Queremos ainda melhores condições trabalhistas. Faltam luvas, medicamentos para hipertensão dentre outros. A saúde está um verdadeiro caos, até receituário falta”, denuncia o presidente do Sindicato dos Servidores da Saúde (Sintasa), Augusto Couto.

De acordo com a presidente do Sindicato dos Assistentes Sociais de Sergipe (Sindasse), Rosely Anacleto, o não pagamento da gratificação aos trabalhadores é uma maneira de mostrar a precariedade do movimento trabalhista.

“Estamos reforçando principalmente a incorporação da gratificação, além do cumprimento da Lei das 30 horas, porque a não gratificação é uma forma de massacrar a força trabalhista. Sem esses direitos, nossa aposentadoria é adiada, além de sermos obrigados a em caso de doença, voltar às atividades antes do tempo previsto em Lei”, conta.

Com a categoria dos agentes de endemias em greve há 52 dias, o presidente do Sindicato dos Agentes Comunitário da Saúde e Combate a Endemias de Aracaju (Sacema), Roberto Messias, disse que o reajuste salarial é um ponto a ser revisto.

“Reivindicamos a abertura da portaria 260/2013 do Ministério da Saúde (MS), que prevê o pagamento do valor R$ 950 aos trabalhadores da saúde, bem como as melhores condições trabalhistas. Estamos lutando desde janeiro de 2013, onde a nossa pauta foi protocolada, e mesmo apesar de haver negociações com o sindicato mensalmente, não há avanço algum”.

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Em entrevista ao Portal Infonet, a assessora de comunicação da Secretaria Municipal de Saúde, Cristina Rochadel, classificou a realização do movimento como bastante problemática. “Qualquer greve de categoria da saúde que não comparecem é um desastre porque a população fica desassistida. É uma situação bastante problemática”, relata.

Sobre as reivindicações financeiras abordadas na reportagem, a assessora de comunicação da saúde da capital disse que “a principal motivação desses movimentos se dá pela questão financeira que infelizmente sabemos que ela depende de uma negociação, porém ela não é feita por essa secretaria, mas por parte do governo, tanto é eles que fazem toda a mesa de negociação”, explica.

Ainda segundo Cristina, “o município tem feito um convênio com 21 farmácias particulares de Aracaju, para que a população possa pegar remédios de asma, diabetes e hipertensão nesses pontos de forma gratuita. Além disso, contamos com duas farmácias populares, uma na rua Estância e  outra no bairro Siqueira Campos, onde estão sendo disponibilizados cerca de 121 medicamentos com 90% de desconto ao trabalhador", disse Cristina.

Sobre a greve dos agentes de saúde e endemias, a assessora de comunicação disse que a greve já é considerada ilegal pela justiça, sob multa diária por descumprimento de R$ 10 mil reais, já que o risco de infestação do mosquito Aedes Aegypti no neste período é bastante propício.

Questionada sobre a falta de materiais, Cristina disse que o órgão chegou a receber alguns materiais antes do feriado do carnaval, e acredita que nos próximos dias este problema será sanado.

Por Leonardo Dias e Kátia Susanna