Geriatra Juliana Silva fala dos cuidados para prevenção de queda de idosos (Foto: Portal Infonet) |
Com o passar da idade, o risco de queda aumenta e suas complicações também, não é à toa que entre as principais causas de morte de idosos, a queda tem sido um agravante comum. De acordo com informações do Instituto Médico Legal (IML), de janeiro a julho deste ano, 57 idosos em Sergipe faleceram vítimas de quedas. Para evitar este tipo de acidente em sua residência saiba que algumas medidas podem ser tomadas, entre elas, tornar sua casa um ambiente verdadeiramente seguro.
A geriatra Juliana Silva destaca alguns hábitos que podem facilitar a vida do idoso. “Quem convive com o idoso deve ter diversos cuidados e transformar o ambiente no que chamamos de casa segura, ou seja, um local tranqüilo que não ofereça riscos à saúde dos idosos”, explica.
Entre as medidas que podem facilitar a convivência do idoso, Juliana Silva recomenda cuidados simples. “O correto é não usar tapetes, evitar escadas, batentes e um número grande de móveis para que o idoso não se bata. Já os objetos de uso comum devem ser colocados em locais de fácil alcance e a iluminação tem que ser reforçada. Na hora da limpeza, é necessário que evitem ao máximo o uso de produtos que deixem o chão escorregadio”, aconselha.
Número de idosos que faleceram vítima de quedas tem sido cada vez maior (Foto: Arquivo Portal Infonet) |
Para o banheiro, algumas medidas também podem ser tomadas. “A instalação de barras de segurança oferece um maior conforto ao idoso. Na hora do banho, o ideal é que se utilize o sabonete líquido, pois os sabonetes em barra podem cair no chão e o idoso corre o risco de escorregar ou cair ao tentar pegar. Para depois do banho, a dica é que o idoso seja orientado a vestir a roupa sentado na cama”, esclarece.
Complicações
A geriatra reforça que em caso de queda, o idoso deve ser levado ao médico para que este investigue os fatores que predispuseram o acidente. “É preciso que o médico identifique as causas da queda e cuide do idoso, pois são vários os fatores que levam ao acidente, entre eles distúrbios de visão, falta de estabilidade, fraqueza nas pernas, pouca audição e desatenção nos alertas de perigo”, explica.
Juliana Silva explica ainda que são várias as complicações decorrente de uma queda. “Por ter uma saúde mais frágil, o risco de sofrer uma fratura após uma queda é bem maior. O idoso pode sofrer um traumatismo crânio-encefálico, uma fratura de fêmur e até de coluna”, ressalta a geriatra.
Estatísticas
De acordo com dados do Ministério da Saúde, cerca de 30% das pessoas idosas caem a cada ano. Essa taxa aumenta para 40% entre os idosos com mais de 80 anos e 50% entre os que residem em ILPI (Instituições de Longa Permanência de Idosos). As mulheres tendem a cair mais que os homens até os 75 anos de idade e a partir dessa idade as frequências se igualam.
As informações da Secretaria de Estado da Saúde registram que em Sergipe, as taxas de internação por fraturas de fêmur na população acima de 60 anos vem se mantendo estáveis desde 2009, com uma média de 16,8 internações para cada 10 mil idosos nos municípios com mais de 100.000 habitantes (Aracaju e Nossa Senhora do Socorro). A meta do Ministério da Saúde é de reduzir 2% dessas internações por ano.
Por Verlane Estácio e Allana Andrade
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