HC: Anestesistas paralisam e cirurgias são interrompidas

(Foto: Arquivo Portal Infonet)

Parte dos procedimentos cirúrgicos está suspenso no Hospital Cirurgia (HC) após a paralisação dos anestesistas. De acordo com a assessoria de imprensa do HC, apenas cirurgias de caráter urgente e emergente estão sendo realizadas, sendo remarcadas aquelas eletivas [sem urgência].

Os anestesistas cruzaram os braços na última terça-feira, 11, em protesto ao não pagamento dos seus salários, que estava previsto para a última segunda-feira, 10. Os anestesistas são de uma cooperativa que presta serviço terceirizado para o HC, enquanto o Hospital Cirurgia recebe da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) a verba proveniente do Ministério da Saúde para pagar o serviço prestado ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Descompasso de datas

O problema que ocasiona a paralisação está nas datas diferentes de pagamento. O Ministério da Saúde através da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) recebe a lista de serviços prestados pelo HC ao SUS e tem até 45 dias contados do último dia do mês [30 de junho] para efetuar o pagamento, nesta ocasião, a Secretaria tem até o dia 15 de agosto para efetuar o pagamento ao Hospital Cirurgia.

De acordo com a assessoria de comunicação do HC, 90% dos serviços do hospital são prestados ao SUS, e por isso não tem condições de pagar o salários desses funcionários enquanto não receber a verba referente ao mês de julho da Prefeitura.

SMS

A Secretaria Municipal da Saúde se pronunciou por meio de nota, explicando que na última sexta-feira, 7, uma reunião foi realizada no Ministério Público Federal com a direção do Hospital Cirurgia, e até então tudo que ficou acordado está sendo cumprido. A assessoria ainda afirmou que o prazo de 45 dias para pagamento é previsto pelo Ministério da Saúde, que afere os serviços prestados pelo HC e encaminha a verba.

A Secretaria também esclarece que o contrato que mantém com o hospital é direto, não possuindo qualquer tipo de ligação com serviços terceirizados contratados pelo Cirurgia.

Por Ícaro Novaes e Aldaci de Souza