Hospitais filantrópicos podem fechar as portas

Hospitais filantrópicos podem fechar as portas (Foto: Arquivo Infonet)

Os hospitais São José, Santa Isabel e de Cirurgia estão correndo o risco de ter as portas fechadas por falta de pagamento do poder público. Os órgãos trabalham em caráter filantrópico, e irão somar forças para receber os recursos.

Os débitos são da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e também por contrapartidas da Secretaria de Estado da Sáude (SES), e os problemas nos repasses comprometem a continuidade dos atendimentos. As unidades alegam que estão devendo a prestadores de serviço e, assim, correm o risco de suspender as atividades.

As direções dos três hospitais irão conceder entrevista coletiva à imprensa na próxima terça-feira, 3, para fornecer detalhes das dívidas e de suas respectivas condições financeiras. Nossa equipe estará presente e trará mais informações sobre o caso.

Histórico recente

Em setembro, o Portal Infonet noticiou alguns problemas da mesma natureza no Hospital de Cirurgia. As cirurgias eletivas ficaram suspensas por uma semana, aproximadamente. A Prefeitura de Aracaju (PMA) possuía uma dívida de R$3 milhões, quitada parcialmente. O valor restante, de cerca de R$1 milhão, era referente aos meses de agosto deste ano e novembro do ano passado. De acordo com a assessoria de Comunicação da SMS, a quantia ainda não foi paga pela gestão.

Em outubro do ano passado, o Hospital São José também sofreu com a ineficácia no pagamento de recursos: precisou suspender os atendimentos aos pacientes vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS). Na época, a SES tinha um débito de mais de R$2,5 milhões, comprometendo a assistência a 100 pacientes por dia. Antes, em agosto de 2016, a psiquiatria do mesmo hospital foi fechada por uma dívida acumulada que ultrapassou a casa dos R$7,5 milhões, gerada por atrasos do Ipesaúde e Governo do Estado, que negaram a procedência da reclamação; e da Prefeitura de Aracaju, que foi procurada, sem sucesso, pela nossa equipe.

SMS e SES

Carlos Diego, assessor jurídico da SMS, admitiu dificuldades que a pasta tem para efetuar os pagamentos. “Realmente temos estes problemas, as demandas são maiores que as receitas, mas temos priorizados estas unidades filantrópicas. Temos atrasos, que variam de acordo com o hospital, os pagamentos são feitos mensalmente e tem problemas que vem da administração passada. Não podemos pagar as faturas atuais e esquecer das antigas”, disse.

A assessoria de Comunicação da SES informou que destinou recursos às unidades filantrópicas na última sexta-feira, 29

Por Victor Siqueira

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