Hospitais tem 24 horas para regularizar coleta seletiva

As inadequações foram encontradas em cinco hospitais (Foto: Sema)

Operação de fiscalização da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Sema) junto com a Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), na manhã desta terça-feira, 10, detectou uma grave irregularidade nos depósitos de armazenamento de resíduos sólidos dos principais hospitais da capital sergipana: todos estão com problemas na coleta seletiva de lixo, ou seja, não estão separando o resíduo infectante do comum. Foram fiscalizados os hospitais Santa Izabel, HUSE, Policia Militar, Unimed e de Cirurgia.

O lixo hospitalar representa sério risco à saúde humana e ao meio ambiente.  Há procedimentos técnicos adequados, instituídos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para o manejo dos diferentes materiais provenientes de unidades hospitalares, necrotérios, laboratórios e outros estabelecimentos de saúde.

"Basta apenas uma agulha infectada para ser considerado um lixo especial", explica o coordenador de fiscalização da Sema, Rubens Menezes.

De acordo com o coordenador, a separação do resíduo sólido infectante do resíduo comum era inexistente nos hospitais fiscalizados. Quando indagados pela fiscalização da Sema sobre a irregularidade, alguns diretores, a exemplo do Hospital de Cirurgia e da PM, alegaram que estão com dificuldade em incutir a cultura da coleta seletiva nos funcionários. O Hospital de Cirurgia já foi, inclusive, autuado  por irregularidades na coleta do lixo no início desse ano. Já a direção do hospital Santa Izabel alegou que não tinha ciência do fato e que ia instaurar processo administrativo interno para apurar os responsáveis.

A fiscalização da Sema deu um prazo de 24 horas para que os hospitais façam as devidas adequações nos processos de coleta seletiva. Também ficou acordado que, devido os riscos que o lixo jogado desordenadamente nos depósitos desses hospitais podem causar, os trabalhadores da Emsurb não realizarão a coleta, até que sejam separados os resíduos sólidos infectantes do comum.

O secretário Municipal do Meio Ambiente, Eduardo Matos, disse que a operação nos hospitais da capital permanece. "A fiscalização retornará, após o prazo estabelecido, para verificar se os hospitais regularizaram a coleta. Caso haja reincidência, será lavrado auto de infração", adverte.

Hospitais

A assessoria do Cirurgia informou que inicialmente a Cavo tinha suspendido o recolhimento do lixo no hospital por ter encontrado material infectante com o comum. Após a denúncia, algumas medidas foram tomadas pelo hospital. A primeira é que hoje o lixo coletado já foi inspecionado para ser separado, sendo que uma parte já foi recolhida pela Cavo. A segunda medida é que o hospital está revisando e modificando a forma como o lixo infectante está sendo feito, sendo que hoje a situação deverá estar normalizada.

A assessoria do Santa Isabel informou que anteriormente à fiscalização, foi encontrada uma agulha junto com o lixo comum, o que gerou a visita dos fiscais, no entanto, não foi encontrado nenhuma irregularidade. A visita foi feita pelo superintendente operacional da Emurb e a assessoria acrescentou ainda que está tudo normalizado.

A assessoria da FHS informa que já foi notificada da decisão e que a superintendência do Huse está se adequando as determinações.

A coordenação de comunicação da Unimed informou que a Unidade já fazia a separação do lixo e que a vigilância foi lá hoje e verificou a situação.

Não conseguimos entrar em contato com o Hospital da Polícia, mas permanecemos à disposição pelo 2106-8000 e jornalismo@infonet.com.br

A matéria foi alterada às 10h52 do dia 12, para correção de informações

Fonte: PMA/Sema

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