Hospital de Cirurgia não retoma atendimento pelo SUS

Hospital de Cirurgia ainda não tem previsão do retorno da realização de cirurgias eletivas pelo SUS (Fotos: Portal Infonet)

O Hospital de Cirurgia ainda não estão está realizando as cirurgias eletivas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e, segundo a assessoria de comunicação da unidade hospitalar, não há previsão para a retomada desse serviço.

“Temos diversos compromissos financeiros e não temos previsão de como eles serão cumpridos”, diz o assessor Márcio Alexandre. As cirurgias eletivas pelo SUS realizadas pelo Hospital de Cirurgia estão suspensas desde a última segunda-feira, 13.

A unidade hospitalar é responsável pela realização de uma média de 40 cirurgias eletivas por dia, sendo referência estadual em procedimentos cirúrgicos ortopédicos e cardiovasculares. Procedimentos neurológicos e urológicos também entram na lista das cirurgias feitas no hospital.

Recepção vazia

Provavelmente sabendo da paralisação do atendimento, os usuários do SUS que precisam passar por algum tipo de cirurgia eletiva não foram ao Hospital de Cirurgia nesta última quarta-feira, 15. Pois, pelo menos por volta das 12h a recepção da unidade hospitalar estava vazia.

Por volta das 12h desta quarta-feira, 15, apenas algumas pessoas aguardavam na recepção para fazer exames de ultrassonografia Dona de casa, Maria Anunciada da Silva, diz que essa é a segunda vez nessa semana que vai ao Hospital para tentar fazer um exame

No local, havia apenas algumas pessoas, aguardando para fazer exames de ultrassonografia abdominal. Como é o caso da dona de casa Maria Anunciada da Silva, que também tem queixas quanto a esse atendimento no Hospital de Cirurgia.

“Vim fazer esse exame na segunda-feira e disseram que não iam fazer porque o Hospital estava superlotado e mandaram vir hoje. Venho do Povoado Areia Branca, no Mosqueiro, saí de casa 10 horas, chego aqui e me mandam esperar porque só vão começar a fazer as ultrassons a partir das 13h”, reclama.

Maria Anunciada informa que fez uma cirurgia para a retirada de uma hérnia abdominal há cinco anos e mesmo depois disso ainda sofre, sentindo fortes dores. “Espero conseguir fazer essa ultrassonografia porque se for preciso vou ter que fazer cirurgia, daí iniciar uma nova luta. Porque peregrinei foi muito da outra vez e só consegui fazer a cirurgia porque meus filhos pagaram”, afirma.

Por Moema Lopes