Hospital do Câncer: empresário crê em atraso de obra

Luciano Barreto declara preocupação aos membros do TCE (Foto: Cássia Santana/Portal Infonet)

O empresário Luciano Barreto, presidente da Associação Sergipana dos Empresários de Obras Públicas e Particulares (Aseopp), acredita que a empresa vencedora da licitação encontrará dificuldades para concluir as obras do Hospital do Câncer, que está sendo construído pelo Governo Estadual em parceria com o Governo Federal. Para o empresário, o valor anunciado para o investimento, em torno de R$ 75 milhões, inviabilizará o empreendimento.

Para o empresário, pela complexidade da obra, os investimentos deveriam estar previstos entre R$ 90 milhões a R$ 100 milhões. “A realidade da proposta apresentada mostra que esta obra dificilmente será concluída”, enalteceu. “Todas as vezes que apontamos que uma obra não seria concluída ou que seria concluída com grande atraso e de má qualidade isso aconteceu, esperamos que, com o Hospital do Câncer, nós estejamos com nossa previsão errada”, observou.

O empresário criticou os critérios usados pelos órgãos de controle e fiscalização dos serviços públicos, observando que há uma preocupação excessiva com os preços, sem levar em consideração a qualidade da obra. “No Brasil, só há preocupação com preço e os órgãos de controle ao invés de estar preocupados com a obra, que possa ser concluída, que possa ter qualidade, que tenha prazo contratado, que seja paga em dia, vão buscar apenas itens irrelevantes que no fim só tem objetivo de punir o gestor e a empresa”, considerou.

O procurador João Augusto Bandeira de Mello, do Ministério Público Especial que atua junto ao Tribunal de Contas, considerou pertinente a preocupação do empresário e destacou a necessidade do tribunal acompanhar o andamento das obras para evitar os transtornos previstos pelo presidente da Aseopp. “Cabe ao Tribunal de Contas acompanhar a obra e tomar medidas necessárias para a construtora que ofereceu o preço honre seus compromissos e entregue a obra no prazo acordado”, enalteceu Bandeira de Mello.

O conselheiro Ulices Andrade acredita que, por envolver recursos federais, a competência desta atividade de fiscalização é restrita ao Tribunal de Contas da União, que já acompanha todos os procedimentos e, inclusive, detectou sobrepreço em alguns itens, entre outras irregularidades que foram corrigidos no novo edital publicado pelo Governo do Estado.

O presidente da Comissão de Licitação da Secretaria de Estado da Infraestrutura, Alfredo Lima, informou que os investimentos do Hospital do Câncer não podem ultrapassar os R$ 75 milhões e garantiu que o Governo do Estado fará rigorosa fiscalização para a obra não sofrer atrasos e garantir o cumprimento integral do projeto. O processo de licitação ainda não foi concluído e está em fase de recurso, segundo o presidente da Comissão.

Por Cássia Santana

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