HRL já atendeu mais de 2 mil vítimas de acidente de moto

 HRL já atendeu este ano mais de 2.100 vítimas de acidentes motociclísticos (Foto: divulgação)

O Hospital Regional Monsenhor João Batista de Carvalho Daltro (HRL), no município de Lagarto, na região Centro-Sul de Sergipe, já atendeu, de janeiro a outubro deste ano, 2.126 pacientes vítimas de acidentes motociclísticos. Este número é 2.137% superior ao de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), encaminhados à unidade hospitalar, em consequência de acidentes automobilísticos, que totalizaram 95 no mesmo período. Outras 137 vítimas de atropelamentos também foram atendidas nos dez primeiros meses no HRL. O número de pacientes que sofreu acidente motociclístico atendido no Hospital Regional ainda é 816% superior ao total (232) de vítimas somadas nestas duas últimas categorias de acidentes de trânsito.

Esses números corroboram com as estatísticas contidas no Mapa da Violência 2013 – Acidentes de Trânsito e Motocicletas, divulgado na semana passada pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos (Cebela), que apontam para a crescente ‘epidemia’ de acidentes de trânsito com mortes. De acordo com o estudo, em 2011, ao menos 314 pessoas morreram em Sergipe vítimas de acidentes motociclísticos, tornando o Estado uma das quatro unidades federativas do Nordeste, juntamente com o Piauí, Maranhão e Rio Grande do Norte, onde “as mortes por acidentes com motocicletas já representam mais da metade do total de óbitos em acidentes de trânsito”.

Para o superintendente do HRL, enfermeiro Oldegar Alves Júnior, esta é uma realidade que diariamente e, com maior frequência, bate à porta do Hospital de Lagarto. “Infelizmente, esse é um cenário cada vez mais presente nas urgências e emergências hospitalares por todo o país, e no HRL não é diferente. E um dos grandes motivos para tantos acidentes com moto está na falta de conscientização dos usuários desse tipo de veículo quanto ao uso de equipamentos de segurança, principalmente o capacete, além do excesso de velocidade, associado ao alcoolismo e ao desrespeito à legislação de trânsito, de uma maneira geral”, afirma Oldegar Júnior.

Sequelas

Os dados do Ministério da Saúde revelam que, entre 2001 e 2011, o número de condutores de motos que morreram em acidentes aumentou 367%, passando de 3.130 a 11.485, sem contar lesões que deixam um número maior de pessoas com sequelas graves e incapacitadas. “Esta verdadeira epidemia tem sido a causa de um número cada vez maior de acidentados sequelados, incapacitados temporários e definitivos, além de gerar mais gastos com cirurgias e internações em enfermarias e UTIs”, acrescenta o médico José Cleanes Nunes Mota, que  integra o serviço de Ortopedia do HRL.

De acordo com o ortopedista, quanto maior a gravidade do acidente e das lesões, o tratamento exigirá mais recursos financeiros, humanos e tecnológicos do Estado.  “No caso dos politraumatizados, são pacientes que geralmente precisam de atendimento multidisciplinar, ou seja, de uma equipe formada por neurocirurgião, ortopedista, cirurgião e buco-maxilo-facial, dentre outros profissionais”, explica José Cleanes. Além disso, segundo ele, o crescente aumento no número de acidentes, em especial os motociclísticos, também tem reflexo direto no tempo de internação e de espera por cirurgias ortopédicas eletivas, bem como no de pacientes com sequelas, como deformidades e consolidação viciosa.

Com informações da assessoria do HRL

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