(Foto: Arquivo Portal Infonet) |
Universidade Federal de Sergipe (UFS), Secretaria de Estado da Saúde (SES) e Hospital Universitário (HU-UFS), em ação conjunta, organizam mutirão composto por profissionais de diversas especialidades na área da Saúde para atender a crianças nascidas com suspeita de microcefalia no estado de Sergipe. A ação acontece na próxima quinta, 17, no Ambulatório de Pediatria do HU-UFS, a partir das 7h.
A previsão é de que sejam recebidos, em média, 50 bebês nascidos com o perímetro cefálico menor do que 32 centímetros, considerados casos suspeitos de microcefalia. Estas crianças serão atendidas por pediatras, neuropediatras, oftalmologistas e outros especialistas, todos profissionais do HU-UFS, que irão encaminhá-las para a realização de exames e para um diagnóstico definitivo sobre a doença. Os bebês que tiverem a condição confirmada serão acompanhados clinicamente e realizarão tratamento de reabilitação.
De acordo com Marco Valadares, chefe da Unidade de Atenção à Criança e ao Adolescente no HU-UFS, neste primeiro momento a avaliação será essencialmente clínica. “Mas também será colhido material para exames laboratoriais, além do agendamento com neuropediatra, ultrassonografia transfontanela, ecocardiografia, avaliação oftalmológica e estimulação precoce, além de outras demandas que eventualmente apareçam”, explica.
O acolhimento das crianças no mutirão faz parte de compromisso assumido pela UFS com o Governo do Estado, no qual foi firmada a parceria de assistência médica aos bebês acometidos pelo surto de microcefalia que acontece no Brasil. O acordo prevê que o atendimento das crianças nascidas nas Regiões de Saúde de Propriá, Nossa Senhora da Glória, Itabaiana, Lagarto, Estância e Nossa Senhora do Socorro serão atendidas no Hospital Universitário da UFS. Já as crianças nascidas com suspeita de microcefalia na Região de Aracaju serão acolhidas na rede de assistência à saúde da capital.
Marco Valadares indica ainda a importância do diagnóstico e tratamento precoce para que as crianças com a confirmação da microcefalia consigam ter uma vida saudável. “A partir do diagnóstico preciso e das alterações clínicas a ele associadas, teremos que partir para um segundo momento, com a elaboração de perspectivas prognósticas e terapêuticas para cada caso; buscando minimizar os efeitos deletérios para esses pacientes e otimizando a sua inserção no contexto familiar e social”, comenta.
O reitor Angelo Roberto Antoniolli explica que “os mutirões continuarão a acontecer até que consigamos encaminhar todos os bebês que ainda não receberam atendimento especializado, zerando a fila de espera das crianças. As que nascerem a partir de agora com a suspeita da doença serão acolhidas de pronto pela UFS de acordo com os protocolos clínicos e de acesso, definidos pela Secretaria de Estado da Saúde e Complexo Regulatório com apoio do HU-UFS ”. Ele acrescenta que por se tratar de uma situação de emergência, a prioridade é receber as crianças e tratá-las. “Uma vez estabilizado o processo, o que torcemos para que aconteça logo, devemos pactuar com o Ministério da Saúde o aporte financeiro que será necessário para a assistência a estas crianças”, afirma.
De acordo com o chefe da Unidade de Reabilitação do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe (HU-UFS), Jader Farias, a instituição está preparando uma logística para esse tipo de atendimento. “Após a triagem, a Unidade de Reabilitação do HU-UFS tratará os casos confirmados com a estimulação precoce, abrangendo fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional”, declara.
A depender da quantidade de casos confirmados, o Hospital Regional de Lagarto (que está em processo de federalização) e os Departamentos que ficam situados fora do Hospital Universitário também serão utilizados para a assistência das crianças. Em Sergipe há 118 casos notificados de recém-nascidos com suspeita de microcefalia, condição relacionada com a contaminação da mãe, enquanto grávida, pelo vírus Zika, conforme Nota Técnica do Ministério da saúde recentemente publicada. O estado decretou situação de emergência devido ao surto.
Fonte: Ascom Reitoria UFS
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