HU não realiza cirurgia bariátrica há sete meses

Audiência pública sobre a gestão da Ebserh no HU realizada nesta manhã, 19 (Foto: Portal Infonet)

Coordenador geral do Sintufs, Fábio dos Santos

Autônomo Adriano Vasconcelos é paciente com obedidade mórbida do HU

Gerente administrativo da Ebserh, Edelzio Alves Costa Junior

O Hospital Universitário (HU) é referência no Estado em cirurgias bariátricas, mas fazem sete meses que os pacientes com obesidade mórbida aguardam na fila pela realização do procedimento. Esse problema, aliado à falta de conclusão de obras importantes como a de construção da Unidade Materno Infantil (maternidade), e do Anexo Hospitalar, Diagnóstico, Oncologia e Transplantes, motivaram a realização de uma audiência pública nesta manhã, 19, para tratar da gestão da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

"Provocamos o Ministério Público Federal [MPF] para avaliarmos a administração da Ebserh por causa de vários problemas ocorridos desde que a empresa assumiu a gestão do HU em 2014", diz o coordenador geral do Sindicato dos Servidores da Universidade Federal de Sergipe (Sintufs), Fábio dos Santos, ao apontar que o HU não realizou uma cirurgia de joelho desde a implantação da Ebserh.

"E era para o Hospital ser referência nesse serviço também, da mesma forma que era para ser referência em cirurgias de transplante de córnea", afirma. Segundo ele, outro ponto  apontado na audiência pública é o fato de os servidores do HU serem alvos constantes de assédio moral praticado pelos empregados da Ebserh. Mas, o que mais preocupa é a suspensão de cirurgias eletivas. "Desde 2015 foram suspensas mais de 300 cirurgias. ebtre os motivos está a falta de material básico, como luvas", diz Fábio Santos.

O autônomo Adriano Vasconcelos é paciente com obedidade mórbida do HU e fala do sofrimento pela espera da cirurgia bariátrica: "Pensando na cirurgia tive que me afastar do trabalho. Mas, disseram que o procedimento não vai acontecer tão cedo por causa da falta de medicamentos. Bão estou aqui para sre mais um nas estatísticas, sou cidadão. Sou o próximo da fila, mas tem colegas em situação muito pior que a minha. O fato de sermos usuários do SUS não quer dizer que somos leigos", desabafou. O procurador do MPF, Ramiro Rockenbach, foi quem presidiu a audiência pública.

Ebserh

O gerente administrativo da Ebserh, Edelzio Alves Costa Junior, informa que tanto a empresa, quanto o HU estão abertos para discussão. "Fomos chamados pelo MPF e prontamente junto com a nossa direção e o reitor da UFS atendemos ao convite, pois sem nenhum obstáculo queremos discutir e o nosso dever e missão é prestar contas a sociedade. Entendemos que essa audiência é uma prestação de contas e estamos sempre prontos e abertos para isso", afirmou.

Ele explica que houve uma paralisação na realização de cirurgias bariátricas por causa de problemas na licitação de empresas decorrentes de três recursos impetrados pelas empresas participantes que atrasaram o prazo de entrega do trocater – material utilizado para cirurgias bariátricas de grande complexidade -. "Mas, esse material já foi licitado e estamos no prazo de recebimento pelo fornecedor".

Edelzio Alves Costa Junior disse que a conclusão da obra do Anexo Hospitalar, Diagnóstico, Oncologia e Transplantes já foi retomada e a entrega está prevista para junho deste ano. Quanto a construção da Unidade Materno Infantil, já foi iniciado o processo de licitação da empresa que vai concluir a obra, prevista para ficar pronta em 2018. "Sobre as acusações de assédio moral, vamos apurar e se for confirmado vamos abrir um procedimento administrativo", garantiu. 

Por Moema Lopes

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