Huse carece de mais leitos de retaguarda

!7 novos leitos serão inaugurados no Huse (Foto: Portal Infonet)

O Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) necessita de mais leitos de retaguarda do município de Aracaju, uma vez que os existentes não são suficientes para atender a demanda atual. A afirmação foi passada pela superintendente do Huse, Madeleine Ramos, durante audiência pública realizada nesta terça-feira, 20, no Ministério Público Estadual (MPE).

Atualmente o Huse conta com cerca de 53 leitos críticos de unidades fechadas, sendo contemplado em aproximadamente 90 dias com a abertura de mais 17 novos leitos de UTI. Apesar da abertura desses novos leitos, a superintendente garante que não são suficientes para atender todos os pacientes a contento que necessitam do atendimento emergencial do hospital.

“Com a abertura das novas UTI, vamos ter a manutenção dos que já existe e um acréscimo de cerca de mais 17, então teremos um total aproximado de 65 leitos. Vamos ter um ganho efetivo em torno de 17 novos leitos e isso muito provavelmente não será suficiente para tender toda a demanda. A nossa angústia, hoje vem nesse sentido, que nós precisamos de ações para garantir aquisição de leitos críticos e de leitos de retaguarda para que o huse, de fato, cumpra o seu papel e sua missão que é atender casos de meia e alta complexidade”, analisa a superintendente.

Ainda segundo Madeleine Ramos, em pesquisa realizada pelo Núcleo de Acesso e Qualidade Hospitalar (NAQH) foi constatado que 50% dos usuários do SUS pertencem a regional de Aracaju. “Foi um dado que nos surpreendeu porque a gente sempre vinha com a impressão histórica de que a demanda maior do Huse é de outros estados. A avaliação não só da quantidade, mas de onde ele vem, o que traz ele ao pronto socorro. Na verdade mostra que existe uma necessidade real de leitos críticos, de ações mais eficazes na Atenção Básica. Na avaliação que a gente faz diuturnamente, a gente consegue identificar que o paciente que tem determinada patologia não é pra estar buscando o Huse que é um hospital de média e alta complexidade, então vem esse questionamento, por que esse usuário procura o hospital, será que ele está sendo assistido pelo Programa de Saúde da Família?”, questiona.

A promotora Euza Missano também comentou sobre a questão. “Não deve ser só o Huse a receber esse paciente que é estabilizado no Zona Norte e Sul, mas temos que ampliar esses leitos para que pessoas não morram e tenha a assistência devida”, pede.

Município

A equipe do Portal Infonet entrou em contato com a assessoria de comunicação da Saúde do Município que informou que no município existem leitos críticos em parceria com o Huse, Hospital de Cirurgia, São José e maternidade Santa Izabel. Disse também que o município tem consciência do problema, mas que estão sendo estudadas diuturnamente na tentativa de minimizar o sofrimento dos pacientes. Todos os contratos estão sendo revistos com os demais prestadores e que o município tem aumentado os números de leitos existentes.

Por Aisla Vasconcelos

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