Huse: pacientes oncológicos sofrem por falta de remédio

Médicamento custa R$ 3 mil reais (Foto: Arquivo Infonet)

Há cerca de 20 dias, pacientes da oncologia do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), estão sofrendo pela falta de um medicamento oral para tratamento de câncer. Pelo menos esse é o caso de Ana Cleide Barbosa, de 50 anos. Ela reclama de dores e fraqueza. Uma caixa do remédio custa cerca de R$ 3 mil.

De acordo com a coordenadora do núcleo Mulheres do Peito, Aline Souza, o remédio atua no tratamento do câncer para quem tem metástase óssea. “Ele serve para inibir dores e é muito importante para a qualidade de vida do paciente”, afirma.

O Portal Infonet entrou em contato com Ana Roberta,  filha da paciente Ana Cleide. Ela informou que a mãe sofre com a doença há cerca de quatro anos. “Ela teve câncer de mama, se tratou e agora a doença é na cabeça. Sem o remédio ela sente fraqueza e dores. Tanto que nem dorme à noite”, explica.

Roberta ainda afirma que, desde o primeiro passo do tratamento, o remédio está em falta. “Ela precisa tomar esse remédio em seis sessões, mas até agora ela só tomou uma porque está em falta desde que ela fez o primeiro tratamento. Corremos atrás e ele chegou, mas agora ninguém tem uma posição”, reclama.

A filha da paciente também ressalta que, na farmácia do Huse, a resposta é sempre que não há previsão de chegada. “A gente apela, mas eles dizem que não podem fazer nada. Minha mãe precisa desse medicamento urgentemente. Mas também não temos condições de comprar, porque somos assalariados e a caixa custa R$ 3 mil e só vende em outros estados”, finaliza.

SES

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informa em nota que o medicamento Xeloda (Capecitabina 500 mg) já foi adquirido e a previsão de entrega pelo fornecedor ao Almoxarifado Central (Alcen) é para a próxima quarta-feira, 21 de setembro. O atraso no fornecimento deveu-se ao fato da licitação ter sido deserta por duas oportunidades. No terceiro pregão houve empresa vencedora e o abastecimento será regularizado.

*A matéria foi alterada às 16h01 para a nota da SES

Por Jéssica França