Huse realiza mais uma captação de órgãos

Benito Fernandez fala sobre a importância da doação de órgãos / (Foto: SES)

Vítima de atropelamento por moto, 39 anos, internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Esse era o quadro de um paciente do Hospital de Urgências de Sergipe (Huse) que, infelizmente, não resistiu aos ferimentos e foi a óbito. Mesmo em um momento de tristeza, a família, em um ato de total amor pelo próximo, não pensou duas vezes e autorizou que os rins, o coração e as córneas do rapaz fossem captados pela Organização a Procura de Órgãos de Sergipe (OPO) e Central de Transplantes, dois setores instalados na unidade hospitalar.

“Eles ajudaram a salvar outras vidas. Foram muito conscientes e centrados, principalmente porque poderia ser apenas um momento de dor para eles, mas, com essa atitude, a morte foi transformada em renovação e esperança. O paciente era jovem, saudável, e isso só ajudou no momento da captação”, informou a enfermeira da OPO, Camila Araújo, ressaltando que foi a esposa do paciente que reuniu a família e, em comum acordo, eles assinaram o termo de doação.

A morte encefálica do paciente foi diagnosticada através de exames gráficos. A partir da constatação, uma grande equipe foi mobilizada para que a captação fosse um sucesso. Médicos do Estado de Pernambuco vieram para Sergipe acompanhar o processo, pois a doação já tinha seus possíveis receptores. Os rins foram encaminhados a um paciente em Fortaleza, o coração foi destinado a uma pessoa de Pernambuco e as córneas serão transplantadas em um sergipano.

O coordenador da Central de Notificação, Captação e Distribuição Órgãos (CNCDO/SE), Benito Fernandez, explica a situação desses transplantes no Estado. “É muito importante que todos estejam unidos nesse processo de captação e doação de órgãos. A gente entende que quando o paciente vai a óbito é um sentimento de perda para os profissionais também, mas ele tem de saber que através desse paciente que perdeu outras vidas serão salvas”, ressalta, parabenizando os profissionais do Huse pela iniciativa.

De janeiro de 2016 até agora, foram realizados 131 transplantes de córnea em Sergipe, com 70 doadores. No ano passado, esses números chegaram a 137 transplantes no Estado, com 22 órgãos captados e enviados para outros estados.

Protocolo

De acordo com os protocolos definidos pela Resolução 1480/97, do Conselho Federal de Medicina (CFM), são realizados os exames clínicos e complementares para fechar o diagnóstico de morte cerebral em pacientes que sejam potenciais doadores de órgãos.

O hospital, independentemente de dispor ou não de Comissão Intrahospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), deve promover os dois exames clínicos, um deles realizado por um neurologista, e o exame complementar – eletroencefalograma (EECG), Doppler transcraniano ou angiografia cerebral –, a fim de se confirmar o diagnóstico.

A mobilização de todos os segmentos da sociedade e dos profissionais da saúde para realizar o diagnóstico, além da autorização do familiar, são ações imprescindíveis para o êxito da captação de órgãos para transplantes.

Fonte: SES

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