Huse segue superlotado e teme fechamento de urgências

Pacientes aguardam por atendimento no Huse durante a manhã desta quarta-feira (Fotos: Portal Infonet) 

Uma grande quantidade de pessoas lotou o Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) durante a manhã desta quarta-feira, 28, em busca de atendimento médico de baixa complexidade. De acordo com a direção do hospital, desde o início de dezembro, é comum encontrar uma multidão na espera por atendimento – e os casos mais simples chegam a levar seis horas para ser atendido e passar por medicação, segundo o coordenador do Pronto Socorro do Huse, Vinícius Vilela.

A superlotação do principal hospital do estado é também efeito da greve dos médicos da rede municipal de Aracaju. Sem esses profissionais na ativa, Postos de Saúde estão sem funcionar e Urgências só estão atendendo casos graves – e a partir de amanhã, podem deixar de funcionar de vez. Isso porque os médicos deram o prazo para que a Prefeitura de Aracaju quite o salário e 13º em atraso até esta quarta-feira. Caso as Urgências municipais deixem de funcionar, o coordenador do Pronto Socorro do Huse sabe que a situação pode piorar.

“Hoje os atendimentos de baixa complexidade atingem 80% dos atendimentos totais do Huse, sendo 60% destes, apenas Aracajuanos. Ou seja, o Huse está sendo a única opção de portas abertas para população, quando toda essa parcela de pacientes deveria ser absolvida pelas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs)”, lamentou. Conforme Vinícius, entre os dias 19 e 26 de dezembro, foram realizados 3.888 atendimentos, e 80% destes eram casos simples. “A tente torce para que o município regularize a situação, porque a gente não suporta mais atendimento de baixa complexidade”, desabafou.

Vinícius Vilela, coordenador do Pronto Socorro do Huse

A grande demanda encarada pelo Huse nos últimos dias tem provocado outros efeitos, segundo Vinícius. “Existe o estresse do profissional, aumenta o consumo de insumos, então a qualidade do atendimento nunca vai ser o que deveria ser. Além do mais, temos que contar com a paciência da população porque os atendimentos ocorrem conforme o nível de prioridade”, explica. De acordo com o coordenador, o paciente leva em média uma a duas horas para passar por atendimento médicos, e outras quatro para passar por medicação e reavaliação. “Nossa área de medicação tem 20 poltronas, então para colocar alguém lá, precisamos esperar alguém terminar os procedimentos. No final das contas, há pessoas que passam em média seis horas aqui”, diz.

Sindimed

Em contato com o Sindicato dos Médicos de Sergipe, fomos informados pela assessoria e comunicação que a categoria está esperando ao longo do dia os depósitos dos salários para então definir se irão ou não fechar as urgências totalmente a partir desta quinta-feira, 29.

Por Ícaro Novaes e Kátia Susanna

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