Huse: terceirizados param e comprometem alimentação

Terceirizados cruzam os braços no Huse (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet)

Os servidores terceirizados que trabalham na preparação e fornecimento de alimentos no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) paralisaram as atividades nesta sexta-feira, 7, mantendo o limite mínimo do contingente de 30%, em atendimento à legislação brasileira.

Os servidores alegam atraso dos salários referentes ao mês de novembro, da primeira parcela do 13º salário, que deveria ser paga no dia 30 do mês passado, e também da não disponibilidade do vale-transporte para a maioria dos servidores.

Os servidores se concentraram nos fundos do hospital, contando com apoio de sindicalista vinculados às atividades da área de saúde. O vice-presidente da Força Sindical, Alexandre Delmondes, informa que os servidores só retornariam às atividades depois de regularizado o pagamento dos salários, da parcela do décimo e também com a regularização do repasse dos vales-transporte.

O sindicalista, que também representa o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Bares, Restaurantes e Similares do Estado de Sergipe (Sindihotre), ao qual os trabalhadores da empresa terceirizada estão associados, informou que representantes da Fundação Hospitalar de Sergipe (FHS) chegaram ao local onde os trabalhadores estão concentrados solicitando a compreensão para não atrasar o fornecimento da alimentação, que seria uma forma de evitar que pacientes fossem penalizados. “Dissemos a eles para que entrassem em entendimento com a empresa terceirizada para que a situação dos trabalhadores fosse regularizada. Eles saíram dizendo que iriam procurar os diretores da empresa”, informa o sindicalista.

Alexandre Delmondes: promessa de pagamento suspende paralisação

Na ótica do sindicalista, o governo também tem responsabilidade sobre os problemas que os trabalhadores estão enfrentando. “A gente não sabe como um governo dos trabalhadores deixa precarizar tanto o serviço público”, observa. “A gente acha que o governo tem parcela de culpa porque ele é o gestor maior. A saúde é obrigação dele. Queremos que o governo intervenha de alguma forma para regularizar esta situação”, complementa o sindicalista.

Regularidade

Por volta das 13h, os trabalhadores realizaram uma assembleia geral, depois que conversaram com dirigentes da empresa terceirizada, e optaram pelo retorno das atividades. De acordo com informações do sindicalista Alexandre Delmondes, o diretor se comprometeu a regularizar toda a situação na segunda-feira próxima, dia 10. “Mas, se chegar na segunda-feira e o pagamento dos salários e da parcela do décimo não for efetuado, os trabalhadores voltam a parar novamente”, garante Delmondes.

FHS

Em nota, a Fundação Hospitalar de Saúde esclarece que não tem pagamentos pendentes com a Dall e não pode ser responsabilizada pelo atraso no pagamento de 13º salário dos funcionários da Empresa. Isto é uma relação trabalhista da empresa contratada com seus funcionários. O que cabe à Fundação, como contratante, é cumprir com suas obrigações contratuais com a contratada e isso a Fundação tem cumprido na íntegra. Sensibilizada com a situação, a FHS atendeu à solicitação de antecipar parte do pagamento que estava programado para segunda-feira. A Fundação esclarece ainda que não houve suspensão na prestação de serviços e que estes continuam sendo executados normalmente.

*A matéria foi alterada às 18:55 para acréscimo da nota da FHS

Por Cássia Santana

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