Inquérito da biometria é arquivado (Foto: Portal Infonet) |
As reclamações em relação ao sistema de biometria no Hospital Urgência de Sergipe (Huse) continuam. Para tentar amenizar o problema, a Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) tem até o dia 1° de novembro para implantar um livro de ocorrência em todas as unidades de saúde. A alternativa foi discutida em audiência no Ministério Público Estadual (MPE) na manhã desta quinta-feira, 13, para que os profissionais possam registrar a presença quando ocorrer falhas no sistema biométrico.
O coordenador de Gestão do Trabalho, Igor Coelho, afirmou que o livro de ocorrência é uma alternativa para amenizar os transtornos com as falhas do sistema. “Os livros estarão disponíveis para os profissionais no caso de falha mecânica no sistema de controle da jornada de trabalho”, explica. Atualmente o Huse possui 10 aparelhos biométricos.
Quanto às falhas no sistema biométrico, o coordenador de Tecnologia da Informação da FHS Cláudio Ramos reconhece que o sistema é falível. “Já foi feito uma realinhamento do sistema, que apontou que há mais acertos do que erros, sendo que o sistema tem a capacidade de registrar 4.200 pontos diários. Como qualquer sistema de informática ele é falível”, ressaltou.
Diretor clínico afirma que profissionais esperam até 30 minutos para registrar o ponto |
Já o diretor clínico do Huse, Marcos Rogério Kroger, ressalta que os servidores ainda ficam cerca 30 minutos tentando registrar o ponto. “Muitos profissionais tentam registrar e não conseguem depois fica complicado comprovar a presença do profissional que cumpriu sua jornada. Tem casos até de o profissional registrar o ponto e aparecer o nome de outra pessoa”, comentou em audiência no MPE.
De acordo com a promotora Euza Missano, a FHS apresentou dois relatórios e houve uma melhora no sistema. “O inquérito civil será arquivado e a FHS ficou de apresentar no prazo de 30 dias informações sobre a implantação do livro de ocorrência, além de informar quem ficará responsável pela guarda dos mesmos nas unidades”, afirma. O inquérito será encaminhado para ao Conselho Superior do Ministério Público, cabendo recurso para a reativação do inquérito.
A promotora ainda informou que um procedimento a aparte está sendo apurado pelo MPE em relação há denúncias de que médicos estariam registrando a presença e saída, sem trabalhar na unidade de saúde.
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