Intervenção: pedido feito por diretora do Huse repercute

Huse vem sendo fiscalizado pelo MPE, OAB e Coselho Regional de Farmácia (Foto: Portal Infonet)

O pedido de intervenção no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), feito pela superintendente Madeleine Ramos ao Conselho Federal de Medicina, na noite da segunda-feira, 19, durante reunião com representantes da Ordem dos Advogados do Brasil, secção Sergipe e com a promotora de Saúde do Ministério Público Estadual (MPE), Euza Missano, continua repercutindo. A medida teria por finalidade, garantir condições dignas de trabalho aos trabalhadores e aos usuários por conta dos problemas a exemplo da superlotação.

A assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que foi um pedido de intervenção ética feito pela superintendência e diretoria técnica do Huse. “Em nada tem a ver com intervenção administrativa na gestão. Esse pedido é uma solicitação para partilhar com o Conselho Regional de Medicina os problemas existentes para que possamos melhorar a assistência”, explica.

Madeleine Ramos: "Não posso colocar beliche na enfermaria"

Segundo a superintendente Madeleine Ramos, por ser o órgão, uma entidade fiscalizadora, é mais uma ferramenta que pode ajudar nas ações para superação de todos os atuais desafios, sempre tendo em vista a garantia da assistência à população.

"Não é um momento em que nós nos declaramos incapazes de administrar, até porque isto não altera em nada a gestão do hospital, muito pelo contrário, estamos pretendendo partilhar as nossas dificuldades e viemos solicitar auxílio nesse sentido, ideias, críticas, encaminhamentos para que a gente venha melhorar a assistência, de garantir escala, condições de trabalho", esclarece.

Superlotação

Quanto a superlotação, a cirurgiã plástica Madeleine Ramos acredita ser um reflexo por ser o Huse, um hospital considerado porta aberta.

"Não vai haver desassistência para o tiro, para a facada, para o politrauma, não. Esse é o nosso papel, essa é a nossa missão dentro do Huse. O que nós precisamos regular são os casos de menor complexidade. A gente percebe ainda um déficit na atenção primária, e atendemos da unha encravada ao trauma de crânio. E como é que se faz programação para abastecimento dessa maneira? Se você não tem controle do número de pessoas que você vai atender. E não adianta você dizer que o SUS é universal, que a verba vem, pois ela não vem junto com o paciente e o recurso. Ele é finito, qual o número mágico de maca que você deve ter dentro do Huse. Ou será que é simplesmente colocar uma maca a mais? Na Saúde eu não posso colocar beliche na enfermaria, no centro cirúrgico. Na Saúde, tudo é diferente”, desabafa.

Ela finalizou enfatizando que: “A fala do secretário Silvio Santos mostra o bom senso e a maturidade na gestão que ele tem em dizer que todo e qualquer esforço e ação que venha somar na melhoria da assistência e bem vinda e sempre tivemos autonomia do secretário e da Fundação no sentido de que temos a confiança e a credibilidade dele para agirmos em prol da população. Esse é o nosso objetivo comum".

Por Aldaci de Souza, com informações da SES

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