Janeiro Branco: saiba como identificar e tratar transtornos mentais

Logo de início, o psiquiatra Antônio Aragão deixa claro que transtorno se refere à intensidade com a qual determinado comportamento se manifesta (Foto: Pixabay)

Parte integrante do calendário da saúde, a campanha Janeiro Branco busca orientar e reforçar os cuidados com a saúde mental. Mas como definir o que é um transtorno mental? Ou ainda, como identificar e tratar problemas relacionados à nossa mente?  Para eliminar dúvidas, o Portal Infonet ouviu um psiquiatra a fim de ajudar nas orientação de como identificar e manter o equilíbrio entre mente e corpo.

Logo de início, o psiquiatra Antônio Aragão deixa claro que transtorno se refere à intensidade com a qual determinado comportamento se manifesta. “A gente considera transtorno a partir do momento em que os sintomas se apresentam de maneira frequente e em alta intensidade, interferindo na vida da pessoa”, resume. Segundo Antônio, os transtornos mais comuns, como o de ansiedade e a depressão, se caracterizam pela intensidade que interferem na vida cotidiana do indivíduo.

O profissional ressalva que a tristeza faz parte dos momentos da vida, no entanto, quando ela é recorrente e acompanhada de outros sintomas o quadro de depressão pode ser identificado (Foto: Portal Infonet)

No caso da depressão, o profissional ressalva que a tristeza faz parte dos momentos da vida. No entanto, quando ela é recorrente e acompanhada de outros sintomas, o quadro de depressão pode ser identificado. “Quando essa tristeza tem uma intensidade e uma frequência maior, acompanhada de alterações no sono, perda de apetite, caracterizamos como depressão”, define. O transtorno de ansiedade e a síndrome do pânico também obedecem essa lógica. “A sensação de achar que algo ruim vai acontecer, que está morrendo, vai se somatizando com outros pensamentos que vão sendo recorrentes, daí nós temos um quadro de síndrome do pânico, por exemplo”, relata.

Antônio explica que não há uma só causa para os transtornos citados, mas sim um conjunto de fatores que influenciam direta e indiretamente num quadro patológico de depressão, ansiedade ou síndrome do pânico. “Desde fatores genéticos ao meio no qual a pessoa está inserida”, afirma. O psiquiatra orienta que alguns sinais podem ser notados e a partir daí é preciso dialogar com a pessoa e encaminhá-la a um profissional. “Quando uma pessoa adoece, ela tem mudanças de comportamento. Se antes era uma pessoa alegre, divertida, comunicativa, e passa a ser uma pessoa deprimida, longe do convívio social, há sinais claro de depressão ou outro transtorno que deverá ser diagnosticado pelo psiquiatra”, salienta.

Ainda de acordo com ele, o papel da família e dos amigos é fundamental para orientar e guiar o paciente para os tratamentos adequados. “O correto não é criar atritos, discutir, obrigar. O correto é mostrar para essa pessoa que ela tem valor, que há alternativas de tratamento”, orienta.

Mente sã corpo são

Para cuidar da saúde mental, Antônio explica que é importante que as pessoas tenham tempo para elas próprias e que realizem as atividades que são satisfatórias. “O cuidado da saúde mental não é somente a ida ao psiquiatra”, pontua. “Temos que fazer atividades físicas, ter uma alimentação saudável, priorizar o nosso sono, ter nossa espiritualidade. Enfim, temos que ter nossos momentos de lazer”, reitera.

por João Paulo Schineider e Cassia Santana

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