A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Diretoria de Vigilância em Saúde, está lançando a campanha Janeiro Roxo, uma mobilização que tem como objetivo trazer para a população sergipana a discussão sobre a Hanseníase, doença infectocontagiosa, transmitida de uma pessoa para outra, através de gotículas de saliva, que acomete pele e nervos, podendo causar dores em pacientes quando o quadro se agrava.
O Estado de Sergipe ainda é área endêmica para a Hanseníase, com uma média anual próxima aos 300 casos novos. Em 2018, foram 27 casos em crianças e adolescentes, na faixa de zero a 14 anos, e 256 em pessoas a partir dos 15 anos, totalizando 283 novos casos. O objetivo da SES é que a campanha se estenda durante todo o ano como forma de fortalecer sobre a importância da prevenção, diagnóstico precoce e tratamento.
É uma doença de período de incubação muito longo, podendo chegar a 10 anos, fator que a faz ser considerada uma doença crônica. Dentre os casos novos, a maior preocupação da SES é a incidência em menores de 15 anos. “Quando a doença acomete esse público, entende-se que existe uma circulação elevada do bacilo no local de residência dos menores”, explicou a diretora de Vigilância em Saúde da SES, Mércia Feitosa.
Se a pessoa tem uma mancha que não é de nascença, que não dói, não coça e há dormência no local, ela é sugestiva de Hanseníase. “Constatando estes sintomas, a pessoa deve buscar a unidade de saúde para um diagnóstico e, se confirmada a doença, iniciar o tratamento na própria unidade de saúde”, orientou a diretora, reforçando a informação de que a Hanseníase é curada em seis meses ou um ano, mas se não tratada pode incapacitar o indivíduo.
A campanha
A campanha vai envolver os 75 municípios do Estado, que já foram orientados a realizar ações de detecção e prevenção à doença, terá suporte midiático, bem como de peças educativas produzidas para serem afixadas em pontos estratégicos de unidades de saúde dos municípios e do Estado e conterão as principais informações sobre a doença, como detectá-las e onde tratá-las, segundo informou a diretora Mércia Feitosa, acrescentando que a proposta principal da campanha é esclarecer a população sobre a doença, consequências e possibilidades de cura.
Outra proposta da campanha, como informou Feitosa, está focada nos profissionais de saúde. “Com eles vamos trabalhar diagnóstico precoce, mostrando sua relevância para o sucesso do tratamento. Sabemos que, quanto mais cedo a doença é diagnosticada, maiores são os índices de cura”, disse a diretora.
De acordo com Mércia Feitosa, os municípios foram orientados a executarem ações de promoção e a falarem sobre a doença na mídia, redes sociais, em rodas de discussão na unidade básica de saúde e, principalmente, fazer a detecção da mancha. Disse ela que os municípios deverão realizar busca ativa nas comunidades para rastrear casos da doença.
Ela salientou que o Hospital Universitário (HU) está desenvolvendo uma mobilização para pesquisa de mancha em Lagarto, Itabaiana e Aracaju, em articulação com a Atenção Básica e a Secretaria de Estado da Saúde. Os municípios escolhidos são estratégicos para a pesquisa porque, além de serem sede de regiões, registram número elevado de casos.
Fonte: SES
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