KPC: Pacientes são diagnosticados em hospitais privados

Coletiva aconteceu nesta sexta-feira, 04 (Fotos: Portal Infonet)

Os hospitais Primavera e Cirurgia também possuem casos da bactéria klebsiella Pneumoniae Carbapenemase [bactéria KPC] em suas unidades. A divulgação foi feita nesta sexta-feira, 4, durante coletiva de imprensa realizada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES).

Ao todo foram registrados 11 casos de pessoas infectadas no Primavera e cinco no Cirurgia, sendo que nas duas unidades foram registrados dois óbitos [cada uma] em pacientes com a KPC. Já no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) existem seis pacientes colonizados (tem a bactéria, mas não tem a infecção) e três estão na Unidade de Contenção do hospital.

Segundo a diretora médica da Rede Primavera, Madeleine Ramos, apesar dos dois óbitos não dá para garantir que foram provenientes da bactéria.

“Os pacientes foram identificados a pouco mais de uma semana, são todos pacientes provenientes de Unidade de Tratamento Intensivo e rotineiramente eles são submetidos a exames de cultura que chamamos de cultura de vigilância como forma de controle. Desses 11, dois tiveram óbitos porque foram pacientes muito graves, mas a gente não pode dizer que a KPC é que provocou a morte, porque na verdade eles entraram antes no hospital já em estado graves. Dois já foram para casa, quatro estão na enfermaria aguardando o momento de liberarem para casa e três estão na UTI”, diz.

A infectologista do Huse, Iza Lobo diz que osa pacientes estão sendo mapeados 

Madeleine Ramos acrescenta ainda que tão logo houve o surgimento da doença, o hospital resolveu adotar medidas de prevenção. “Hoje estamos contando com duas UTIs no hospital, sendo que a segunda UTI foi para garantir o acesso aquele paciente que não é portador de nenhuma bactéria multirresistente a uma unidade de tratamento intensivo. Então se um paciente cirúrgico ou que veio da rua pelo Samu e que não tem passagem pelos hospitais, se esse paciente precisar de UTI, ele terá o destino para a segunda. Já aquele paciente portador da bactéria que recebe alta da UTI ele não vai se misturar aos outros das outras alas, tem uma ala separada onde ele vai ficar em isolamento e dali ele só vai para casa”, garante.

No Hospital de Cirurgia, dos cinco casos confirmados, apenas dois permanecem com a bactéria, segundo afirma o diretor do Hospital de Cirurgia, Wagner Andrade. “Hoje nesse um mês e 15 dias depois das medidas de combate a infecção, tivemos cinco casos confirmados, sendo que desses, dois tiveram óbito e não posso afirmar que foram pela KPC, mas que pode ter contribuído. Três já tiveram alta, e hoje nós temos um caso novo confirmado na UTI geral em isolamento e dois colonizados na enfermaria de quarentena”, afirma.

Huse

Segundo a infectologista do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Huse, Iza Maria Lobo, os pacientes com a KPC estão sendo monitorados. “Lá no Huse tem seis na UTI 1 remanescente da primeira leva, são pacientes crônicos e estão colonizados. Estão em leitos contidos e os profissionais que atendem ali não devem atender outros negativos porque a gente impede o cruzamento. Os pacientes da UTI 1 que tem alta, ele não vai para casa porque tem que passar por melhoria, mas fica na unidade de contenção até ter condições de alta e vai pra casa. A UTI 2 está limpa e faz internamento sem problema. Todo paciente que entra na UTI faz exame de cultura de vigilância e o hospital está mapeando todos os pacientes”, garante.

Por Aisla Vasconcelos

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