O Lacen foi capacitado pelo Ministério da Saúde (Foto: SES) |
O Laboratório Central de Saúde Pública de Sergipe (Lacen), unidade gerida pela Fundação de Saúde Parreiras Horta, vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (SES), foi capacitado pelo Ministério da Saúde (MS) para realizar o diagnóstico do Zika vírus – doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor da Dengue e da Chikungunya. A previsão é que o Lacen possa iniciar as análises laboratoriais até o final deste mês.
“O Ministério fez a aquisição dos insumos. Estamos aguardando a chegada desse material ao Lacen para que a equipe, que está devidamente capacitada, possa dar início às análises e, por fim, realizar o diagnóstico da doença”, informou a superintendente da unidade, Danuza Duarte Costa.
A gestora explicou que, em decorrência ao aumento do número de casos de microcefalia no Brasil e também em Sergipe, e considerando a hipótese da relação com a infecção causada pelo Zika Vírus, profissionais do Lacen passaram por um treinamento de uma semana, que ocorreu em dezembro, no Instituto Evandro Chagas. A capacitação tem como finalidade garantir a realização do diagnóstico no Estado.
“Por conta da necessidade de uma resposta rápida dos resultados dessas análises laboratoriais, o Ministério da Saúde liberou um recurso para aquisição de um equipamento com tecnologia para PCR Real Time para pesquisar alguns agravos, a exemplo da Meningite, Influenza e Dengue, que também realizará a pesquisa para o Zika vírus e Chikungunya”, detalhou Danuza Duarte, ao confirmar que a Secretaria de Estado da Saúde foi a responsável pela aquisição do equipamento que já está instalado no Laboratório Central de Saúde Pública.
Ainda de acordo com superintendente do Lacen, a ampliação da Rede para diagnóstico do Zika vírus no Estado de Sergipe é importante para uma resposta em tempo oportuno, cujo principal benefício será a viabilidade da análise laboratorial das amostras dos municípios sergipanos, com maior risco para infecção.
“A diminuição desse tempo resposta de dois meses para quinze dias possibilita ao Estado a criação de políticas públicas e ações de combate ao vetor do mosquito transmissor da doença”, conclui Danuza.
Segundo o protocolo do Ministério da Saúde, atualmente as amostras dos casos suspeitos para Zika e dos recém-nascidos microcefálicos em Sergipe são encaminhadas para o Instituto Evandro Chagas, no Pará. A instituição é um centro de pesquisas que foi referenciado pelo Ministério da Saúde para receber as amostras dos Estados das regiões Norte e Nordeste do Brasil.
Rede Nacional
Os Laboratórios Centrais (Lacens) de Sergipe, Bahia, Amazonas, Alagoas, Goiás, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Distrito Federal integram a rede apta à realização dos testes para detecção do Zika vírus. O trabalho é coordenado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Instituto Adolfo Lutz e o Instituto Evandro Chagas – centros de pesquisa do Ministério da Saúde.
Fonte: SES
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