Linha direta entre Samu e Guarda Municipal é discutida

Ives Déda: "É a morte da regulação" (Fotos: Portal Infonet)

“Esse gato é prejudicial a todo mundo. É a morte da regulação. Isso é fazer favor. Depois a polícia também vai querer. A afirmação foi feita na manhã desta sexta-feira, 9, pelo assessor jurídico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Ives Déda, durante audiência na Promotoria de Saúde do Ministério Público Estadual (MPE).

Na audiência foi discutido um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), visando estabelecer um canal de comunicação entre o Samu e a Guarda Municipal de Aracaju. Para o assessor jurídico, o próprio sistema proíbe que se faça essa reestruturação.

“O que se quer é uma linha direta para a Guarda Municipal. Isso é ilegal porque o Samu não pode atender primeiro à Guarda em detrimento de alguém, por exemplo, que esteja com uma perna decepada. Isso é fazer favor e acabar com a regulação. Legalmente falando não vejo como se fazer um canal com a Guarda, até porque toda e qualquer ocorrência tem que passar pela regulação por meio do 192”, destaca Ives Déda.

Audiência aconteceu na manhã desta sexta-feira, 9

Na ocasião, o promotor Fábio Viegas sugeriu a utilização de um rádio em que os guardas municipais pudessem se comunicar com o pessoal do Samu em caso de acidentes e foi concedido prazo de 10 dias para que os representantes do Samu apresentem propostas.

Por Aldaci de Souza