Ana Claudia e Josineide Bezerra não querem a transferência (Fotos: Portal Infonet) |
Duas mães de crianças estão indignadas com a transferência das filhas da maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL) para a enfermaria da pediatria do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse).
Para as mães, a transferência das crianças para o Hospital de Urgência poderá acarretar problemas sérios, já que segundo eles, as crianças ficarão expostas a contrair algum tipo de infecção hospitalar.
Jozineide Bezerra Silva possui uma filha de dez meses com hidroencefalia internado na Unidade de Saúde. A filha de Jozineide já fez 14 cirurgias na maternidade, mas necessita realizar mais uma e para Jozineide, transferir o filho para o Huse, pode acarretar danos à criança.
“Eles querer tirar a nossa criança para botar uma bebê lá que veio de fora e nem aqui estava. Minha filha já fez 14 cirurgias e que a outra seja feita aqui porque se ela nasceu aqui e está esse tempo todo, porque vai mudar para lá agora. Só quero que eles dê mais um tempo para que ela faça a cirurgia para ir pra casa. Se ela for para lá, vai ser pior porque ela vai pegar infecção e disso eu tenho certeza porque sei como é lá no Huse”, acredita.
Ana Claudia mostra o BO feito |
A filha de Ana Claudia da Silva tem seis meses e possui síndrome de down. Indignada com a situação, ela prestou um Boletim de Ocorrência contra a direção da Unidade. “Ela só precisa do aparelho respiratório para ir para casa. Eles ficaram me pressionando dizendo para eu ir resolver e quando foi ontem à noite [15] recebi essa ligação da transferência da menina. Eu disse que não aceitava porque não via precisão dela ir pro Huse. A menina está bem e ela chega lá e pega uma infecção e aí? Como vai ser?. Estamos no nosso direito de mãe em não querer”.
MNSL
A equipe do Portal Infonet conversou pessoalmente com o superintendente da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, Luiz Eduardo Prado, que deu sua versão dos fatos.
Superintendente da MNSL, Luiz Eduardo esclarece o caso |
Segundo ele, o motivo de transferir as crianças foi para dar lugar a outros bebês em situação de risco. “Ontem [15] houve uma situação de emergência que o único local do estado que tem cirurgião pediátrico de plantão da Fundação é aqui e tinha uma criança com invaginação intestinal que é um quadro emergente e que poderia morrer se não fosse operada. O cirurgião pediatra exigiu que a criança viesse do Huse e a gente queria operar para ela voltar pro Huse, só que o cirurgião disse que não tinha como e ela tinha que permanecer aqui e po risso a ciruria foi feita e ela continua aqui”.
Ainda segundo Luiz Eduardo, as quatro crianças que estão na UTI, já estão com as vagas reservadas na enfermaria pediátrica do Huse, sendo que os pais se recusam à transferência.
“As vagas estão cedidas do Huse, elas [crianças] não estão entubadas, não estão graves e tem totais condições de irem para qualquer enfermaria de pediatria, ninguém está indo pra rua, mas elas estão se negando a uma vaga cedida ao hospital que tem o porte para tratar o que os filhos delas precisam. A revolta deles maior é porque eles sabem que quando forem para a enfermaria de pediatria do huse que é uma enfermaria nova, com todos os cuidados que eles merecem, eles [pais] vão ter que ficar o dia todo do lado", garante.
Por Aisla Vasconcelos
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