A Maternidade Lourdes Nogueira, em Aracaju, segue com o fluxo de atendimentos normal nesta sexta-feira, 17, apesar do indicativo de paralisação dos médicos obstetras, anunciado anteriormente em função de atrasos nos pagamentos dos honorários desde novembro de 2024.
De acordo com informações do Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS), responsável pela gestão da unidade, houve uma tentativa de acordo com os profissionais para o pagamento de pelo menos 20% dos valores devidos, o que evitou a suspensão dos serviços eletivos. A maternidade permanece funcionando plenamente, incluindo procedimentos como laqueaduras tubárias e inserção de DIU.
O INTS informou que ainda aguarda a regularização do repasse financeiro por parte da atual gestão municipal. Por outro lado, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) destacou que está empenhada em resolver a situação e realiza uma auditoria no contrato com a empresa. A SMS também esclareceu que a dívida existente se arrasta desde o segundo semestre de 2024, período em que o município era administrado pelo então prefeito Edvaldo Nogueira (PDT). Segundo a gestão atual, todos os esforços estão sendo feitos para evitar desassistência à população aracajuana.
Ainda de acordo com o INTS, apesar do indicativo inicial, não houve prejuízo à população, e os atendimentos seguem normalmente na unidade.
Débitos em aberto
Em nota enviada à imprensa nesta quinta-feira, 16, o INTS afirmou que os valores pendentes somam cerca de R$ 15,5 milhões, incluindo as parcelas fixas de novembro e dezembro de 2024, que totalizam aproximadamente R$ 12,6 milhões, e seis parcelas variáveis, no valor de R$ 2,9 milhões. A organização havia alertado que a ausência desses repasses compromete o pagamento de salários, fornecedores e a compra de materiais essenciais para o funcionamento da maternidade. A organização social também destacou que, embora haja esforços para manter os serviços, a continuidade das operações estão em risco caso a situação financeira não seja regularizada.
Instauração de auditoria
A Prefeitura de Aracaju instaurou uma auditoria para investigar possíveis irregularidades em contratos relacionados à Maternidade Lourdes Nogueira. A informação foi confirmada no dia 10 de janeiro, durante uma coletiva de imprensa. De acordo com a prefeita Emília Corrêa (PL), a unidade de saúde recebe aproximamente R$ 7 milhões mensais para realizar até 600 partos por mês, mas nunca atingiu a meta estipulada, chegando, no máximo, a 200 procedimentos mensais.
por João Paulo Schneider
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