(Fotos: Wellington Barreto/SES) |
Depois de oito meses de acompanhamento especializado, J.R.S acaba de receber alta médica . A menina de 13 anos de idade foi acolhida pelo Serviço de Atendimento às Vítimas de Violência Sexual instalado na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL) em julho de 2011, quando teria sido abusada sexualmente por um vizinho na cidade de Carmópolis.
A mãe da adolescente comemora o fim do tratamento que contou, principalmente, com a atenção psicológica indispensável para o suporte emocional da menina. “Hoje ela está mais alegre, estuda no sexto ano, foi incluída em programas do governo e superou o problema”, contou a mãe.
Para chegar até a unidade de saúde, mãe e filha foram encaminhadas pelo conselho tutelar do município, que garantiu toda a assistência à família. “Fomos averiguar a situação, depois prestamos queixa na delegacia e seguimos para cá, como manda o protocolo de atendimento”, disse a conselheira Ana Cristina dos Santos.
Números
Somente nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, o Serviço de Atendimento às Vítimas de Violência Sexual já realizou 154 consultas. Desse total, 55 pacientes foram acolhidos pela primeira vez e 99 estão cadastrados no ambulatório de retorno. O que chama a atenção é a faixa etária dos casos. O número de crianças e adolescentes que deram entrada no serviço corresponde a 83% do total de atendimentos.
De acordo com a médica Patrícia Chaves, o aumento do registro de casos pode estar relacionado ao fato de que população está mais consciente sobre a importância da denúncia. "Mesmo com esse grau de consciência, muitos dos que são abusados, não denunciam porque tem medo de se expor e, às vezes, são chantageados pelo agressor", destacou Patrícia.
Fluxo
O Serviço de Atendimento às Vítimas de Violência Sexual conta com uma equipe multidisciplinar, incluindo médicos, enfermeiros e psicólogos, que atuam de plantão, com o intuito de oferecer o acolhimento necessário à crianças , adolescentes, homens, mulheres, e idosos que chegam acompanhados dos familiares ou dos conselheiros tutelares.
Assim que recebem encaminhamento das delegacias da capital, do interior ou do Instituto Médico Legal (IML), os pacientes passam pelo consultório médico onde são solicitados exames laboratoriais que indicarão se a vítima contraiu alguma doença infecto-contagiosa.
Segundo a responsável técnica pelo serviço, Glória Souza, a MNSL busca agilidade para garantir a prevenção imediata. “A coleta de sangue acontece no local de forma rápida e gratuita dentro das 72 horas indicadas, para que a aplicação de medidas e a ingestão de medicamentos contra o contágio de DSTs seja eficaz”.
Fonte: ASN
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