Maternidades: Superlotação continua causando transtornos

Maternidade Santa Isabel (Fotos: Arquivo Portal Infonet)

O problema da superlotação nas maiores maternidades de Sergipe continua causando transtornos. Esta semana, a Santa Isabel teve que suspender o atendimento por falta de vagas, mas nesta sexta-feira, 29, a situação foi normalizada. A alegação é de que algumas maternidades do interior suspenderam o atendimento, o que não foi confirmado pela Fundação Hospitalar de Saúde (FHS).

De acordo com a Fundação, em algumas maternidades, existem plantões reprimidos o que dificulta a realização de cesarianas. Mas, que não foi realizada nenhuma transferência para Aracaju.

A superlotação vem sendo registrada tanto na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes quanto na Maternidade Santa Isabel.

“Na última quarta-feira, 27 nós decidimos suspender o recebimento de parturientes às 10h porque a maternidade estava lotada em virtude do fechamento das maternidades de Capela e Socorro. Informamos ao Samu que não estávamos recebendo mais e mesmo assim foi encaminhada uma paciente, que foi atendida. A situação está normalizada. O problema vem acontecendo por conta do fechamento de maternidades no interior e isso superlota não apenas a Santa Isabel, mas a Nossa Senhora de Lourdes, sem contar que atendemos a pacientes dos Estados de Alagoas e da Bahia. O que não podemos é colocar as pacientes para parir em macas", explica o diretor administrativo da Maternidade Santa Isabel, Douglas Rosendo.

Douglas Rosendo: "Não podemos é deixar as pacientes parir em macas"

Em nota, a Fundação Hospitalar de Saúde informou ser responsável por gerenciar cinco maternidades. Além da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, em Aracaju, a FHS gerencia as maternidades em Capela, Propriá, Nossa Senhora do Socorro e Nossa Senhora da Glória.

“Na quarta-feira [27], as maternidades geridas pela FHS estiveram com 50% dos plantões abertos (equipe completa) e 50% dos plantões restritos (equipe incompleta). Plantão restrito significa dizer que diversos procedimentos são realizados: acolhimento e classificação de risco; consultas; curetagem; parto normal e outros.

Se a unidade estiver em plantão restrito, após avaliação da gestante, caso necessário o parto cirúrgico (cesariana), a mesma é transferida de modo seguro, utilizando a Rota Materna. Este transporte pode ser realizado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192 Sergipe), Serviço de Remoção Intra Hospitalar Assistida (SRIHA) ou viatura da unidade, a depender grau de criticidade da usuária. Somente duas pacientes da rede materna da FHS foram transferidas para Aracaju.

A FHS dispõe de 152 leitos na MNSL, referência em alto risco no Estado, 29 leitos no Centro Obstétrico Leonor Barreto Franco – Capela, 20 leitos na maternidade de Glória, 23 na maternidade de Propriá, e 27 leitos na maternidade de Socorro”.

Por Aldaci de Souza