Desde o início da pandemia do novo coronavírus, as fake news tem atingido cada vez mais a área da saúde. Seja por informações infundadas sobre a doença ou sobre a vacina, muitas destas notícias chegaram até a população e foram altamente reproduzidas.
No início da pandemia, as fake news restringiram-se a alimentação e aos cuidados contra a Covid-19. De acordo com o médico sanitarista Almir Santana, da Secretaria de Estado da Saúde de Sergipe, as informações que foram disseminadas diziam que água morna e chás caseiros eram capazes de se livrar do vírus e que o uso do soro fisiológico no nariz impedia a contaminação. “Existiam fake news que não eram tão agressivas, mas atrapalhavam, pois as pessoas ao invés de usar máscara e procurar medidas comprovadas, buscavam esses artifícios”, conta o Dr. Almir Santana, clínico-geral.
Mas o agravamento do quadro da pandemia trouxe à tona outras informações falsas. No campo político, a disputa de narrativas semeou questionamentos sobre a letalidade do vírus. “Em pleno momento que as pessoas estavam morrendo, foi exibido um vídeo numa rede social de um caixão com pedra dentro. Dizendo que era mentira, que ninguém estava morrendo. Isso foi uma fake news irresponsável. As mortes estavam acontecendo. Tentaram esconder a realidade, pois os óbitos estavam ocorrendo”, completa o Dr. Almir.
Embora o lado político também tenha sido afetado, as fakes news foram mais impactantes no âmbito da saúde, com teorias que afirmavam que a vacina alterava o DNA das pessoas e que beber água de 15 em 15 minutos para molhar a garganta, fazia o vírus “passar direto para o estômago e ser eliminado pelas enzimas gástricas”.
Se é fake, é news?
O termo fake news (notícia falsa na tradução literal) se popularizou por conta da disseminação de informações falsas via redes sociais. Seja divulgada por conta de desinformação ou de interesses, essas informações tem ganhado amplitude. Por conta disso, o Ministério da Saúde dedicou uma aba em seu site oficial para informar sobre o coronavírus. Apesar disso, o termo também tem confundido o sentido de notícia (fato) com o da informação. Ou seja, é no campo informacional que se tem visto a divulgação dessas informações, seja no Whatsapp, Facebook ou Instagram.
“Eu recebo isso pelo Whatsapp e peço pra não divulgar. Tem gente que politiza e diz que estou sendo contra o governo”, completa o Dr. Almir, que também recomenda usar as pesquisas na internet para se precaver dessas informações não-factuais.
Por Milton Filho e Aisla Vasconcelos
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